Anistia de 8/1: 47% rejeitam perdão; 35% apoiam redução de penas

Pesquisa Genial/Quaest: 47% são contra anistia a golpistas de 8/1. Entenda a opinião pública sobre redução de penas e a PEC da Blindagem.
anistia atos 8 de janeiro — foto ilustrativa anistia atos 8 de janeiro — foto ilustrativa

Uma pesquisa recente da Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), indica que a rejeição à anistia para os condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro permanece alta, com um aumento na desaprovação em comparação com levantamentos anteriores.

Rejeição à Anistia e Redução de Penas

De acordo com os dados do instituto, 47% dos entrevistados se opõem a qualquer forma de perdão para os envolvidos nos atos. Por outro lado, 35% defendem a anistia total para todos os participantes, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Outros 8% apoiam a medida, mas apenas para os manifestantes, excluindo os demais envolvidos.

A desaprovação se estende ao projeto de lei (PL) da Dosimetria. Este projeto, que visa reduzir as penas aplicadas aos condenados, tem o envolvimento de figuras como o ex-presidente Michel Temer (MDB) e o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) nas discussões sobre sua tramitação.

Manifestantes em ato pró-Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios.
Manifestantes em ato pró-Bolsonaro na Esplanada dos Ministérios.

A pesquisa aponta que 52% dos consultados são contrários ao PL da Dosimetria, argumentando que as punições impostas foram justas. Em contrapartida, 37% apoiam a redução das penas, considerando as sentenças aplicadas como excessivamente severas.

Reação à PEC da Blindagem e Fortalecimento do Governo

A maioria dos entrevistados (63%) também se manifestou contrária à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Blindagem. Esta PEC buscava limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Ministério Público, com o objetivo de dificultar a Prisão de deputados e senadores. Apenas 22% declararam apoio à medida.

A PEC da Blindagem foi aprovada na Câmara dos Deputados, mas foi rejeitada pelo Senado Federal no último dia 24, após significativa reação pública. Essa rejeição desencadeou manifestações organizadas por movimentos sociais e artistas em diversas capitais do país.

Presidente Lula em reunião com Donald Trump na Assembleia-Geral da ONU.
Presidente Lula em reunião com Donald Trump na Assembleia-Geral da ONU.

Essas mobilizações foram interpretadas como um fator de fortalecimento político para o governo federal. Segundo a Genial/Quaest, 39% dos entrevistados avaliam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu politicamente mais forte após os Protestos. Em contraste, 30% consideram que ele ficou mais enfraquecido.

A pesquisa foi conduzida entre os dias 2 e 5 de Outubro, com 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros a partir de 16 anos. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

Fonte: InfoMoney

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