XP: Brasil é “trade global” e Ibovespa pode atingir 170 mil pontos

XP Investimentos vê Brasil como “trade global” e reforça projeção de Ibovespa a 170 mil pontos em 2026, impulsionado por fatores globais e juros em queda.
Ibovespa 170 mil pontos 2026 — foto ilustrativa Ibovespa 170 mil pontos 2026 — foto ilustrativa

A XP Investimentos destacou que o rali do Brasil, com o Ibovespa renovando máximas históricas e se aproximando dos 150 mil pontos, tem sido impulsionado principalmente por fatores globais, e não domésticos. A visão da corretora é de que as ações brasileiras funcionam como um “trade global”.

Os mercados emergentes superaram as ações dos Estados Unidos em 2025. O MSCI EM subiu 33,6% e o MSCI LatAm avançou 45,0% no acumulado do ano, enquanto o S&P 500 e o Nasdaq apresentaram retornos inferiores, de 16,3% e 23,1%, respectivamente.

No caso do Ibovespa, o índice subiu 24,5% em reais e 42,7% em dólares no ano. Estrategistas da XP Investimentos apontam que, embora o debate tenha se concentrado nos fatores domésticos, eles tiveram um papel limitado na alta. Essa perspectiva é sustentada por três razões: o desempenho do Brasil está em linha com outros mercados emergentes e latino-americanos; até o final de setembro, o retorno do Ibovespa foi explicado pela expansão de múltiplos, com contribuição negativa do crescimento de lucros; e a expansão de múltiplos não foi acompanhada por queda nas taxas de juros reais de longo prazo, que permaneceram elevadas.

Fatores Globais Impulsionam Ibovespa

Apesar das expectativas de um ciclo de cortes de juros doméstico terem contribuído para o rali, o desempenho das ações brasileiras sob o regime de juros atual ainda está abaixo das médias históricas. Isso reforça a modesta influência dos fatores locais nos retornos até o momento. Os investidores estrangeiros acumularam entradas líquidas de R$ 25,1 bilhões em 2025, sendo a principal força de sustentação do Ibovespa. Saídas de fluxos estrangeiros frequentemente coincidiram com correções do índice, segundo a XP.

Visão Otimista para o Futuro

As principais razões para o otimismo incluem: o ciclo de cortes de juros do Federal Reserve (Fed) e a fraqueza do dólar, que impulsionam o trade em emergentes; a percepção de taxas de juros próximas ao pico no Brasil; a escassez de alternativas atrativas em outros mercados emergentes; e os fundamentos sólidos das empresas brasileiras.

Olhando para frente, a XP mantém uma postura construtiva com as ações brasileiras. A corretora reafirmou a estimativa de valor justo do Ibovespa em 170 mil pontos para 2026, o que representa um avanço de 13,7% em relação ao fechamento de outubro. Este otimismo se baseia em dois pilares: o novo regime macroeconômico com o fim da contração monetária e a desaceleração da inflação; e a proximidade das eleições de 2026, que tende a gerar maior volatilidade e interesse em ações.

Gráfico comparando o desempenho do Ibovespa com mercados globais e emergentes em 2025, destacando a tese de
Desempenho de mercados em 2025.
Ilustração de bolsa de valores com setas indicando alta, representando a perspectiva positiva da XP para o Ibovespa.
Perspectiva de alta para o mercado brasileiro.

Fonte: InfoMoney

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