Vivo: Lucro sobe 13,3% no 3T, mas receita móvel acende alerta

A Telefônica Brasil, operadora da Vivo, apresentou um Lucro líquido de R$ 1,9 bilhão no terceiro trimestre, representando um aumento de 13,3% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Apesar dos resultados sólidos, as ações da companhia registraram queda de 3,26% na bolsa, negociadas a R$ 32,97.

Análise dos Resultados da Vivo

A XP Investimentos classificou os resultados como robustos, destacando pontos positivos como o baixo índice de churn no pós-pago e FTTH, controle de Custos e sólida geração de caixa. A consultoria reforça a Vivo como sua principal escolha no setor de Telecomunicações, devido à combinação de yield atrativo, portfólio resiliente e crescimento nas linhas de receita.

O BTG Pactual também avaliou os resultados como sólidos e em linha com as expectativas, ressaltando o perfil defensivo da companhia, forte geração de caixa e posição competitiva. O banco manteve recomendação de compra com preço-alvo de R$ 31, citando um dividend yield projetado de aproximadamente 8%.

Preocupações com a Receita Móvel

Um dos principais pontos de atenção foi a desaceleração da receita de serviços móveis, que cresceu 5,5% em base anual. Essa taxa é inferior aos avanços de 7,3% e 6,5% registrados nos trimestres anteriores. O Bradesco BBI apontou que algumas tendências favoráveis, como o crescimento da receita de pré-pago, podem ser difíceis de sustentar em um cenário econômico mais desafiador.

O Itaú BBA destacou que a desaceleração esperada na Receita de Serviços de Telecomunicações (MSR) levanta dúvidas sobre a sustentabilidade de um crescimento acima da inflação. O banco espera que os investidores se atentem à aceleração da MSR no quarto trimestre, vista como essencial para reforçar a confiança no setor.

Monetização e Estratégias de Crescimento

A Vivo tem avançado em suas iniciativas de monetização, com destaque para o segmento corporativo (B2B) e o desenvolvimento da plataforma Vivo Total. Essas estratégias podem impulsionar as projeções de longo prazo da companhia.

A empresa também reportou ganhos de R$ 232 milhões com a venda de ativos relacionados a concessões, reiterando a projeção de R$ 4,5 bilhões em vendas totais desses ativos, concentradas entre 2026 e 2027.

Recomendações de Mercado para Vivo

Apesar de ser reconhecida como uma excelente companhia, a Monte Bravo rebaixou a recomendação de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 31. Os motivos incluem um Mercado maduro e competitivo, a entrada de novos players e múltiplos considerados esticados.

O BBA manteve recomendação neutra com preço-alvo de R$ 35,50, acreditando que grande parte da melhora do case já está precificada. O Goldman Sachs, por outro lado, reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 34.

Fonte: InfoMoney