Venezuela acusa EUA de provocar guerra com envio de destróier

Venezuela reage com fúria ao envio de destróier dos EUA a Trinidad e Tobago, acusando Washington de provocar guerra e orquestrar plano de ataque.
Venezuela acusa EUA de guerra — foto ilustrativa Venezuela acusa EUA de guerra — foto ilustrativa
O presidente da Venezuela Nicolás Maduro 15/09/2025 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria

A escalada militar dos Estados Unidos no Caribe intensificou as tensões com a Venezuela. O governo de Nicolás Maduro reagiu duramente ao envio de um navio de guerra norte-americano a Trinidad e Tobago, classificando a ação como uma provocação coordenada pela CIA, visando preparar uma guerra.

Destróier dos EUA USS Gravely em porto próximo à Venezuela.
O destróier USS Gravely, que permanecerá atracado em Trinidad e Tobago até 30 de outubro, próximo à costa venezuelana.

Acusações de Provocação e Plano de Ataque

O governo venezuelano emitiu um comunicado oficial afirmando que o posicionamento do USS Gravely, um destróier lançador de mísseis no Porto de Port of Spain, a apenas 10 quilômetros da costa venezuelana, foi uma provocação militar de Trinidad e Tobago em coordenação com a CIA.

A vice-presidente Delcy Rodríguez declarou que forças venezuelanas teriam capturado um grupo de mercenários com informações da inteligência americana, supostamente envolvidos em um plano de ataque de bandeira falsa para justificar uma intervenção.

Pressão Crescente dos EUA e Defesa Venezuelana

A movimentação americana ocorre em um momento de aumento da pressão do presidente Donald Trump sobre o regime de Caracas. Desde agosto, Washington tem mobilizado navios, aviões e fuzileiros navais na região sob o pretexto de combater o narcotráfico. No entanto, o presidente venezuelano acusa os EUA de prepararem uma guerra contra o país.

Em resposta, o ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, anunciou exercícios militares de defesa costeira. Tropas foram posicionadas no litoral para reagir a operações encobertas e ameaças terroristas, que, segundo Caracas, contam com apoio norte-americano. Padrino enfatizou que o país está se preparando para defender seu território de qualquer Agressão estrangeira.

Alinhamento de Trinidad e Tobago com Washington

A tensão diplomática e militar foi exacerbada pela decisão da primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, de autorizar o treinamento conjunto entre fuzileiros navais dos EUA e as forças de Defesa locais. Persad-Bissessar, desde sua posse em maio de 2025, tem adotado um discurso firme contra a imigração venezuelana e demonstrado alinhamento político com Washington.

Essa colaboração militar e o posicionamento estratégico do destróier americano sinalizam uma escalada nas relações entre os países e aumentam o risco de um confronto direto na região do Caribe, intensificando as preocupações globais sobre a estabilidade na América do Sul.

Fonte: InfoMoney

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