Maracanã e outros 61 imóveis do RJ podem ser vendidos por R$ 2 bilhões

Complexo do Maracanã e outros 61 imóveis do RJ podem ser vendidos pelo estado, com potencial de arrecadação de R$ 2 bilhões. Entenda os detalhes.
venda do Maracanã — foto ilustrativa venda do Maracanã — foto ilustrativa

Deputados do Rio de Janeiro aprovaram na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Alerj um projeto de lei que autoriza o Governo do Estado a vender 62 imóveis. A lista, que inicialmente previa a alienação de 48 bens, foi ampliada para incluir o Complexo do Maracanã e a Aldeia Maracanã, com potencial de render cerca de R$ 2 bilhões. O projeto ainda precisa ser votado pelo plenário da Assembleia.

A proposta visa não apenas a entrada de recursos, mas também a redução de gastos públicos com a manutenção desses espaços. Segundo Rodrigo Amorim (União), presidente da CCJ, a venda produtiva desses imóveis teria um impacto significativo na economia Fluminense.

Complexo do Maracanã e Aldeia Maracanã na Mira da Venda

A inclusão do Complexo do Maracanã e da Aldeia Maracanã na lista de bens a serem vendidos foi uma sugestão do próprio presidente da CCJ. Rodrigo Amorim estima que a negociação desses ativos possa alcançar R$ 2 bilhões. Ele argumenta que a cessão desses espaços para o uso produtivo trará benefícios econômicos e aliviará os cofres públicos.

Amorim comparou a potencial revitalização do entorno do Maracanã com o modelo de Wembley, na Inglaterra, destacando a possibilidade de integrar comércio, lazer, restaurantes e áreas esportivas para gerar renda. Ele ressaltou que a Aldeia Maracanã, hoje com cerca de 14 mil metros quadrados e em condição de degradação, poderia ter seus recursos de venda revertidos para políticas culturais, incluindo as indígenas.

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Imóveis Excluídos e Incluídos na Lista

O texto aprovado pela CCJ também trouxe mudanças em relação à lista original. O terreno do antigo Batalhão da Polícia Militar do Leblon foi um dos bens excluídos. Em contrapartida, foram adicionados 28 imóveis pertencentes à Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

O parecer baseou-se em um relatório de um grupo de trabalho coordenado pelo deputado Alexandre Knoploch (PL). Este grupo inspecionou parte dos imóveis e recomendou a retirada de 12 propriedades com uso público confirmado, como a Escola de Música Villa-Lobos e sedes de projetos sociais. Quatro outros imóveis foram retirados após pedidos de outros parlamentares.

Críticas e Propostas para a Aldeia Maracanã

O deputado Flávio Serafini (PSOL) criticou o projeto, apontando que alguns imóveis de alto valor não tinham suas questões urbanísticas definidas. Ele defendeu que a Aldeia Maracanã, em particular, receba investimentos para se tornar um centro de referência da cultura indígena na região, em vez de ser vendida.

Serafini argumentou que a Aldeia Maracanã possui um valor cultural importante e que a prioridade deveria ser sua preservação e desenvolvimento, valorizando povos historicamente marginalizados. Ele sugeriu que o estado invista no local, transformando-o em um polo cultural.

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Fonte: InfoMoney

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