STF: Jorge Messias e Rodrigo Pacheco são favoritos para vaga de Barroso

Saiba quem são Jorge Messias e Rodrigo Pacheco, os nomes mais fortes para assumir a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF).
vaga no STF — foto ilustrativa vaga no STF — foto ilustrativa

A Aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso abriu uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e os nomes de Jorge Messias, advogado-geral da União, e Rodrigo Pacheco, senador e ex-presidente do Congresso, despontam como favoritos em Brasília.

Ambos possuem perfis distintos e são apoiados por diferentes grupos políticos. A escolha final cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com a aprovação subsequente do Senado.

Lula enfrenta o desafio de selecionar um nome em quem confie plenamente para o STF, órgão cada vez mais crucial na governança do país, sem alienar o Congresso e o meio jurídico. Fontes próximas ao presidente indicam que um nome considerado fraco pode prejudicar a relação entre o Palácio do Planalto e os outros poderes, ou até mesmo ser rejeitado no Senado.

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A Constituição Federal exige que o indicado possua notável saber jurídico e reputação ilibada, além de ter entre 35 e 70 anos.

Jorge Messias e Rodrigo Pacheco, cotados para o STF
Jorge Messias e Rodrigo Pacheco são os nomes mais comentados para a vaga no STF.

Jorge Messias: O Perfil do Advogado-Geral da União

Jorge Messias, 45 anos, ganhou projeção nacional em 2015 quando era subchefe para Assuntos Jurídicos (SAJ) da Presidência durante o Governo Dilma Rousseff. Um episódio marcante envolveu uma interceptação telefônica, na qual sua voz parecia ser mencionada em um contexto relacionado à posse de Lula como ministro da Casa Civil.

Messias é visto como um aliado de Confiança de Lula e do PT, com vasta experiência em leis e no ambiente jurídico. Sua condição de evangélico é apontada como um ponto positivo para o governo, buscando maior aproximação com esse segmento eleitoral, frequentemente associado à ala conservadora.

Contudo, sua popularidade é menor entre os parlamentares do Congresso, especialmente no Senado, e alguns ministros do STF prefeririam um nome com maior trânsito político. A indicação de Messias pode ser interpretada como uma aposta na lealdade e conhecimento Técnico.

Rodrigo Pacheco: A Trajetória do Senador e Ex-Presidente do Congresso

Rodrigo Pacheco, 48 anos, construiu sua influência política no Senado, onde ocupou a presidência entre 2021 e 2024. Sua ascensão foi apoiada por Davi Alcolumbre (União-AP), seu antecessor e atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, órgão responsável pela sabatina dos indicados ao STF.

Pacheco presidiu o Congresso em momentos cruciais, como o auge da pandemia de Covid-19 e as tentativas de questionamento democrático do grupo ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Sua postura firme contra movimentos antidemocráticos, embora o tenha distanciado de bolsonaristas, fortaleceu seu diálogo com o governo Lula, apesar das diferenças ideológicas.

A relação entre Lula e o PSD, partido de Pacheco, é estratégica para 2026, buscando apoio parlamentar. A Aposentadoria de Barroso pode antecipar planos que envolviam o fortalecimento da candidatura de Pacheco ao governo de Minas Gerais.

O senador é bem visto tanto no Senado quanto no STF, o que pode facilitar sua aprovação.

Análise Comparativa: Pontos Fortes e Desvantagens

A favor de Jorge Messias:

➡️ Forte proximidade e confiança pessoal com o presidente Lula.

➡️ Alinhamento com o critério de lealdade, observado em indicações anteriores como Cristiano Zanin e Flávio Dino.

➡️ A condição de evangélico pode mitigar resistências conservadoras no Senado.

A favor de Rodrigo Pacheco:

➡️ Apoio crucial de Davi Alcolumbre, aliado do Planalto e presidente da CCJ do Senado.

➡️ Respaldo de ministros do STF como Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin.

➡️ Declarações públicas indicando disposição para aceitar a indicação.

➡️ Sua experiência como senador tende a agilizar o processo de aprovação.

A decisão final de Lula considerará a necessidade de equilibrar lealdade pessoal, influência política e a capacidade de aprovação no Congresso, moldando assim a composição futura do STF.

Fonte: G1

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