Tupy (TUPY3): XP corta preço-alvo e alerta para queda de 45%

XP Investimentos corta preço-alvo da Tupy (TUPY3) para R$ 15, alertando que a queda de 45% no ano não é oportunidade de compra. Entenda os motivos.
Tupy (TUPY3) — foto ilustrativa Tupy (TUPY3) — foto ilustrativa

A XP Investimentos reavaliou as ações da Tupy (TUPY3), reduzindo o preço-alvo de R$ 20 para R$ 15. Apesar de uma queda de 45% acumulada no ano, a corretora não considera o atual patamar como oportunidade de compra, citando que novas revisões negativas nas estimativas de Mercado devem impedir uma reprecificação positiva no curto prazo.

A análise da XP aponta que o ativo negocia a 4,2 vezes EV/EBITDA para 2026, um múltiplo considerado justo e alinhado à média histórica. No entanto, a corretora destaca que a demanda por veículos comerciais, tanto no Brasil quanto no exterior, tem se mostrado abaixo do esperado, com uma recuperação improvável em breve. Com a incorporação de menores volumes e um câmbio mais valorizado, as projeções da XP foram ajustadas para baixo em todas as frentes.

Desafios no Setor de Veículos Comerciais

A XP Investimentos identifica um cenário desafiador para os segmentos de veículos comerciais e fora de estrada nos Estados Unidos. A queda nos gastos residenciais, a desaceleração da construção civil e uma demanda mais fraca por fretes são fatores que impactam o setor. Revisões negativas de volumes pelas montadoras reforçam a visão de que uma recuperação no curto prazo é improvável.

No Brasil, as vendas de caminhões têm piorado ao longo do segundo semestre, com juros altos reduzindo o apetite por investimentos. Por outro lado, os novos negócios da Tupy, especialmente na controlada MWM, mostram um desempenho relativamente melhor. Avanços nas relações comerciais entre EUA e Brasil e uma possível redução tarifária podem representar um fator positivo no médio prazo.

Preocupações com a Alavancagem da Tupy

A XP Investimentos vê positivamente as medidas de redução de Custos da companhia e seus esforços de reorganização. Ajustes na capacidade produtiva para melhorar a utilização das fábricas devem sustentar a recuperação das margens entre 2026 e 2027. Contudo, a corretora observa um cenário operacional mais desafiador, levantando preocupações com o nível de alavancagem da empresa. A expectativa é que a dívida líquida/EBITDA encerre 2025 em 3,1 vezes, um patamar superior aos 2,5 vezes registrados no 2T25 e aos 1,8 vez do 4T24.

Gráfico da Hypera (HYPE3) com destaque para a valorização das ações.
Análise de ações de empresas do setor automotivo.

Projeções de Lucro e Receita Reduzidas

A XP Investimentos acredita que os ganhos com os cortes de custos da Tupy só deverão se materializar no próximo ano. As estimativas de lucro líquido para 2026 ainda estão pressionadas pelas condições de mercado desafiadoras. O time de análise projeta um prejuízo líquido de R$ 15 milhões em 2025 e um lucro líquido de R$ 175 milhões em 2026.

Com menor alavancagem operacional, parcialmente compensada pelas iniciativas de reestruturação, a XP espera uma margem EBITDA entre 3 e 4 pontos percentuais abaixo das estimativas anteriores para 2025 e 2026. A receita líquida deve recuar cerca de 9% em 2026, refletindo volumes menores e uma taxa de câmbio menos favorável.

Análise gráfica de desempenho de ações no mercado financeiro brasileiro.
Resultados e projeções de empresas listadas na bolsa.

Fonte: InfoMoney

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