TSE aprova Missão, novo partido ligado ao MBL, com foco na “direita anti-Bolsonaro”

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deu aval à criação do partido Missão, agremiação política associada ao Movimento Brasil Livre (MBL). Com esta aprovação, o Brasil agora conta com 30 partidos oficialmente registrados, e o Missão estará apto a participar das próximas eleições, utilizando o número 14.

A legenda superou a meta de assinaturas de apoio, registrando 589.982 validações, acima das 547 mil exigidas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia manifestado parecer favorável ao processo.

Análise do Estatuto e Exigências Legais

O ministro André Mendonça, relator do caso no TSE, ressaltou que a criação de partidos é livre, desde que respeitados princípios como soberania nacional e pluripartidarismo. Ele confirmou que o Missão atendeu às exigências formais. No entanto, Mendonça apontou que alguns trechos do estatuto, como o combate à violência de gênero, necessitam de reformulação para maior clareza e adequação à legislação vigente sobre partidos políticos.

Projetos e Perfil do Novo Partido

Membros do MBL indicam que o Missão pretende lançar candidatos para os cargos de Legislativo e Executivo, incluindo a Presidência da República. Renan Santos, coordenador nacional do MBL, é um dos nomes cogitados para a candidatura presidencial e também figura como presidente do novo partido. O Missão se posiciona à direita, buscando apresentar uma alternativa distinta da defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, com um foco em uma abordagem de “substituição geracional” e na mobilização da Juventude para causas específicas.

A segurança pública é apontada como uma das pautas centrais do partido, que tem como símbolo a onça-pintada. A legenda defende políticas mais rigorosas no combate ao crime, mencionando como referência ações implementadas em El Salvador, sob o Governo de Nayib Bukele.

O objetivo do grupo é fortalecer uma “direita anti-Bolsonaro”, buscando Renovação no cenário político brasileiro.

Fonte: Valor Econômico