Trump, Venezuela e Colômbia: Brasil reforça Defesa na Amazônia

Escalada de tensões entre Trump, Venezuela e Colômbia levam Brasil a reforçar Defesa na Amazônia. Entenda o plano estratégico para a segurança regional.
Trump, Venezuela e Colômbia — foto ilustrativa Trump, Venezuela e Colômbia — foto ilustrativa

O Ministério da Defesa do Brasil realizou um grande exercício militar em Roraima, mobilizando cerca de 10 mil homens. O objetivo oficial foi aprimorar o planejamento e a coordenação das Forças Armadas em ambientes de selva e de difícil Acesso, promovendo a interoperabilidade. Este movimento estratégico visa coletar dados para aperfeiçoar o emprego conjunto das tropas e identificar obstáculos no planejamento e execução de deslocamentos.

Plano Atlas e a segurança regional

O Exercício Atlas resultou na criação de um plano de atuação para as forças militares brasileiras na região. A iniciativa não visa apenas dissuadir uma possível ameaça da Venezuela de usar o território de Roraima para invadir a Guiana, mas também abrange a proteção contra outras ameaças à segurança nacional. Além disso, busca demonstrar a observadores internacionais o compromisso e a capacidade logística do Brasil em defender a região amazônica.

Tensões com Trump e impacto na Colômbia

As preocupações com o Governo de Nicolás Maduro na Venezuela já existiam desde 2023, especialmente em relação à disputa pelo território de Essequibo. No entanto, a escalada das ações de Donald Trump, que tem tratado diretamente com os governos da Venezuela e da Colômbia, adicionou uma nova camada de complexidade à presença militar brasileira. Atualmente, os Estados Unidos têm atacado embarcações em águas internacionais, resultando em mortes de cidadãos colombianos e venezuelanos.

Trump tem criticado a postura de governos aliados ao narcotráfico. A execução de criminosos sem processo legal é uma violação dos direitos humanos em qualquer nação. Existe o risco de que ataques americanos causem vítimas civis, como pescadores ou turistas, ou até mesmo atinjam o território de países vizinhos, como a Venezuela, a Colômbia e o próprio Brasil.

Reforço na defesa amazônica

Em 2023, o Brasil já havia reforçado sua presença na região com a criação do 18.º Regimento de Cavalaria Mecanizada em Boa Vista e o envio de mísseis anticarro. Embora suficientes para dissuadir Maduro, essas medidas são insuficientes contra a ação de traficantes de drogas nos rios da Amazônia. A Defesa Nacional possui um plano para lidar com a situação em Essequibo e também para a escalada de tensões no Caribe.

Ações de longo prazo e o futuro da Amazônia

O Exército brasileiro ainda confia em uma solução diplomática para a crise na região caribenha. Enquanto isso, parte das tropas que participaram do Exercício Atlas permanecerá na Amazônia, com foco na defesa antiaérea e contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares. Essas unidades ficarão na região até a COP-30. O porta-helicópteros Atlântico, da Marinha, também apoiará as operações. A crescente tensão geopolítica no Norte do país exige uma resposta estratégica robusta, possivelmente superior à capacidade de um regimento blindado em Roraima.

Fonte: Estadão

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