Um dos países mais pobres do mundo está em choque com o impacto do regime de tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump, que paralisou sua principal indústria têxtil e agravou um desemprego já elevado.
Impacto nas exportações de Lesoto
O pivô histórico na política comercial dos EUA se desenrola em Lesoto, um reino montanhoso e sem litoral na África Austral, cuja fabricação de denim era um raro ponto positivo na economia local. Trump inicialmente impôs tarifas de 50% sobre importações de Lesoto, as mais altas do mundo.
Apesar de uma redução para 15% em agosto, essas tarifas ainda superam as aplicadas a concorrentes como o Quênia. Consequentemente, algumas fábricas já eliminaram empregos devido à queda nos pedidos. A situação em Lesoto serve como um alerta para outras economias que dependem do Mercado americano.
Análise das novas tarifas e seus efeitos
Especialistas apontam que essa política de tarifas não visa apenas reequilibrar a balança comercial, mas também pressionar países a renegociarem acordos ou a produzirem em território americano. A indústria de denim de Lesoto, que empregava cerca de 20.000 pessoas, viu sua base de clientes diminuir drasticamente.
A taxa de 15% imposta por Trump, embora menor que os 50% iniciais, ainda representa um obstáculo significativo. Isso ocorre em um momento em que outros países africanos, como o Quênia, enfrentam tarifas menores, tornando-os mais competitivos. A dependência de Lesoto do mercado de vestuário dos EUA torna o país particularmente vulnerável a essas mudanças abruptas na política comercial.
O Futuro da Indústria Têxtil Africana
Analistas políticos e econômicos sugerem que a estratégia de Trump pode forçar uma diversificação das exportações africanas e incentivar o desenvolvimento de mercados regionais. No entanto, a transição é dolorosa e pode levar anos, com Custos sociais elevados no curto prazo.
A esperança reside em acordos comerciais futuros e na capacidade das nações africanas de se adaptarem a um cenário global em constante mutação. A situação em Lesoto destaca a fragilidade de economias emergentes diante de políticas protecionistas de grandes potências e a necessidade de resiliência e estratégia no cenário internacional.
Fonte: Bloomberg
