Traficante ‘Cigarreiro’ Escapa de Megaoperação no Rio; Saiba os Detalhes

Traficante ‘Cigarreiro’, apontado na morte de delator do PCC, escapa de megaoperação no Rio. Saiba detalhes da fuga e o histórico do criminoso.
Animação de drone atacando com explosivos, relacionado ao uso de tecnologia militar pelo CV. Animação de drone atacando com explosivos, relacionado ao uso de tecnologia militar pelo CV.

O narcotraficante Emílio Carlos Góngora Castilho, conhecido como Cigarreiro, conseguiu escapar da megaoperação policial realizada na terça-feira (28) no Rio de Janeiro. A ação visava membros do Comando Vermelho (CV).

Segundo informações obtidas pelo UOL, Cigarreiro é apontado como um dos mandantes do assassinato de Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que era delator de membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Gritzbach foi morto a tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) em 8 de novembro de 2024.

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) informou que Cigarreiro estava escondido há meses no Complexo da Penha, uma das áreas alvo da operação Contenção, mas conseguiu evadir-se. Investigações preliminares indicam que ele poderia estar foragido na Bolívia, país que abriga outros líderes do PCC e facções associadas.

Foto de Fernando Haddad, Ministro da Fazenda.
Fernando Haddad, Ministro da Fazenda.

Ligação entre CV e PCC

As investigações do DHPP sugerem que Gritzbach foi assassinado por um consórcio de integrantes do PCC e do CV, com o auxílio de policiais militares. Alguns agentes teriam participado diretamente da execução, enquanto outros auxiliaram na escolta da vítima até o local do crime.

Um dia antes da morte de Gritzbach, Cigarreiro teria fretado um avião de pequeno porte em Jundiaí (SP). Ele viajou até o Aeroporto de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e posteriormente se dirigiu ao Complexo da Penha, onde permaneceu abrigado.

Gritzbach havia firmado um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Em suas delações, ele denunciou um advogado, dois empresários e oito policiais civis por envolvimento com o crime organizado e corrupção. Essas denúncias levaram a prisões preventivas e ao início de novas investigações sobre as atividades das facções em São Paulo e no Rio.

Animação de drone atacando com explosivos, relacionado ao uso de tecnologia militar pelo CV.
Uso de drones para lançamento de explosivos contra policiais.

Histórico Criminal e Detalhes da Fuga

Além de Cigarreiro, a Justiça emitiu mandados de prisão contra Diego dos Santos Amaral, conhecido como Didi, e Kauê do Amaral Coelho, primo de Didi. Kauê é considerado o “olheiro” que monitorava Gritzbach no aeroporto de Guarulhos, avisando o momento exato da saída do delator do Terminal 2 aos executores.

Ambos também teriam se refugiado no Complexo da Penha antes de fugir. Atualmente, todos os citados estão foragidos.

Cigarreiro é uma figura antiga no cenário do crime organizado carioca. Em 2010, já era identificado como um dos principais líderes do Comando Vermelho. Naquela ocasião, ele escapou de um cerco da Polícia Militar na Vila Cruzeiro, zona norte do Rio, um episódio que ganhou destaque internacional pelas imagens de traficantes fugindo pela mata.

As apurações sobre o envolvimento de traficantes e a tecnologia militar, como o uso de drones-bomba pelo CV no Rio, revelam a sofisticação e a capacidade de adaptação dessas organizações criminosas. Essa conexão entre o tráfico e tecnologia militar levanta sérias preocupações de segurança pública.

Adicionalmente, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já se pronunciou sobre a necessidade de ações governamentais contra o contrabando de combustíveis no Rio de Janeiro. Ele destacou que as fraudes nesse setor alimentam financeiramente o crime organizado e solicitou cooperação do governo estadual.

Fonte: InfoMoney

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