Com a taxa Selic em patamares elevados, o interesse do brasileiro pela renda fixa tem crescido. A taxa básica de juros a 15% ao ano permite a conquista de ganhos relevantes mesmo nos investimentos mais seguros do Mercado financeiro.
Dois dos instrumentos mais procurados são os títulos públicos do Tesouro Direto e os Certificados de Depósitos Bancários (CDBs). Diante dessa popularidade, surge a dúvida: qual deles oferece a melhor rentabilidade atualmente? Realizamos uma simulação para comparar o rendimento de R$ 1 mil aplicado nesses ativos ao longo de diferentes prazos.
Rendimentos Comparativos: Tesouro Direto x CDB
A simulação considerou um CDB com remuneração de 100% do CDI. O CDI (Certificado de Depósito Interbancário) acompanha de perto a taxa Selic, embora geralmente fique 0,1% ou 0,2% abaixo dela. Para o Tesouro Direto, foi utilizado o título Tesouro Selic, que é atrelado diretamente à taxa básica de juros.
Em um horizonte de apenas 12 meses, os rendimentos são notavelmente similares. Uma aplicação de R$ 1 mil no Tesouro Direto alcançaria aproximadamente R$ 1.121,45. No caso dos CDBs, o resgate seria ligeiramente superior, em R$ 1.122,93. A diferença se mantém pequena em dois anos: os títulos públicos chegariam a R$ 1.268,83, enquanto os CDBs atingiriam R$ 1.269,34.
A distinção entre os rendimentos torna-se mais significativa apenas em prazos mais longos, como 10 anos. Para um investidor que busca maximizar ganhos em horizontes extensos, a escolha entre Tesouro Direto e CDB pode ter um impacto mais pronunciado.
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Aspectos Tributários e de Risco
Tanto os CDBs quanto o Tesouro Direto estão sujeitos à tabela regressiva de Imposto de Renda. A alíquota varia de 22,5% para aplicações de até 180 dias, caindo para 20% entre 181 e 360 dias, 17,5% de 361 a 720 dias, e 15% para aplicações com prazo superior a 720 dias. Essa tributação é um fator crucial a ser considerado na rentabilidade líquida de ambos os investimentos.
É fundamental ressaltar que a simulação parte do pressuposto de uma taxa Selic estável em 15% ao ano. No entanto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne a cada 45 dias para decidir os rumos da política monetária no Brasil, o que pode levar a alterações na taxa de juros.
Análise de Risco: FGC vs. Risco Soberano
No universo dos CDBs, o principal risco a ser considerado é o de crédito. Este se refere à possibilidade de a instituição financeira emissora não cumprir com suas obrigações de pagamento. Contudo, para mitigar esse risco, os CDBs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que assegura até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira em caso de insolvência.
Em contrapartida, os títulos do Tesouro Direto não possuem a cobertura do FGC. Eles são classificados como de risco soberano, pois sua garantia é o próprio Governo federal. Essa segurança inerente ao Tesouro Direto o posiciona como um dos ativos mais seguros do mercado financeiro brasileiro.
Fonte: InfoMoney