As recentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China representam um risco para o cenário econômico, mas ainda é cedo para determinar um impacto real na economia americana, afirmou Stephen Miran, diretor do Federal Reserve (Fed). Ele destacou a importância da independência do banco central e de ser visto como um ator “não político”.
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Diante deste cenário de incertezas, Miran ressaltou que a política monetária dos Estados Unidos deve avançar em direção a um nível mais neutro, evitando tanto restringir quanto estimular a atividade econômica. Essa postura é vista como crucial para manter a estabilidade e a credibilidade do Fed.
Contexto Geopolítico e Econômico
As relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo têm sido um ponto de atenção constante para analistas e formuladores de políticas. Qualquer escalada nas tensões pode gerar volatilidade nos mercados globais e afetar cadeias de suprimentos, com potencial de influenciar a inflação e o crescimento. No entanto, a magnitude desses efeitos ainda é incerta, exigindo cautela por parte do Fed.
Independência do Fed e Política Monetária
Stephen Miran enfatizou a importância fundamental da independência do Federal Reserve. Para que o banco central americano mantenha sua credibilidade e eficácia, é essencial que seja percebido como uma instituição técnica e “não política”. Essa separação garante que as decisões de política monetária sejam baseadas em análises econômicas sólidas, sem pressões externas.
Em relação à política monetária, o diretor indicou que o objetivo é alcançar um ponto neutro, onde a taxa de juros nem acelera nem freia a economia. Essa estratégia visa proporcionar um ambiente estável para o crescimento sustentável, permitindo que as empresas planejem seus investimentos com maior previsibilidade. A busca por essa neutralidade é um processo contínuo, que requer monitoramento constante dos indicadores econômicos e das tensões geopolíticas.
Fonte: Valor Econômico