TCU suspende obrigação de contingenciar gastos pelo centro da meta fiscal

TCU suspende obrigação de contingenciar gastos pelo centro da meta fiscal após recurso da AGU. Entenda os impactos no orçamento e a decisão sobre responsabilização de agentes públicos.
contingenciar gasto pelo centro da meta fiscal — foto ilustrativa contingenciar gasto pelo centro da meta fiscal — foto ilustrativa

O ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU), suspendeu uma decisão que obrigava o governo a contingenciar gastos públicos visando o centro da meta fiscal, em vez do piso. A determinação atendeu a um recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e possui efeito suspensivo até o julgamento do mérito.

Impacto na elaboração orçamentária

A AGU alertou para o risco de sérios prejuízos às políticas públicas caso a decisão original fosse mantida. O pedido de urgência visava evitar impactos na elaboração dos próximos Relatórios de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias. A AGU argumentou que a exigência de atingir o centro da meta forçaria o Governo a realizar limitações de gastos maiores do que o necessário, defendendo que o piso da meta é o parâmetro correto para contingenciamentos.

Preocupação com responsabilização de agentes públicos

Zymler também informou que não proporá a responsabilização de agentes públicos referente à execução orçamentária de 2025, mesmo que o recurso da AGU seja negado em mérito. Essa era uma preocupação do Executivo, que temia a colocação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em situação delicada, similar à que levou ao impeachment de Dilma Rousseff em 2016. O governo esperava um Déficit primário de R$ 30,2 bilhões, inferior ao limite de R$ 31,0 bilhões, o que significava não haver despesas contingenciadas.

Entenda a meta fiscal e o contingenciamento

Em setembro, o TCU havia determinado que o governo considerasse o centro da meta fiscal para o contingenciamento de gastos, em contraste com a prática anterior que utilizava o limite. Na prática, essa mudança poderia obrigar a equipe econômica a contingenciar R$ 30,2 bilhões adicionais no relatório bimestral de setembro para alcançar o déficit zero, que representa o centro do alvo fiscal. A Suspensão agora alivia essa pressão imediata sobre o orçamento.

Fonte: Estadão

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