Renda Fixa Privada: Taxas Sobem em Correção Técnica Após Quedas

Taxas da renda fixa privada sobem em correção técnica após quedas acentuadas. Entenda o impacto do cenário de juros e inflação para investidores.
Taxas da renda fixa privada — foto ilustrativa Taxas da renda fixa privada — foto ilustrativa

O Mercado de crédito privado registrou um aumento generalizado dos spreads na semana passada, impulsionado pela queda dos juros futuros e pela melhora nos indicadores de inflação. Segundo o Itaú BBA, o spread de crédito incentivado, isento de Imposto de Renda, avançou 21,2 pontos-base, enquanto o de debêntures tradicionais subiu 8,7 pontos-base.

O Bradesco BBI observou que essa alta nos spreads incentivados foi observada em diversos setores e classificações de risco, indicando uma correção técnica após atingirem os menores níveis históricos. Essa movimentação é vista como um ajuste de mercado, e não como uma deterioração dos fundamentos das companhias.

Captação Acelera Apesar da Abertura de Spreads

Mesmo com a abertura dos spreads, a captação de recursos no setor de renda fixa privada manteve um ritmo positivo e acelerou na última semana. Fundos de crédito registraram entradas de R$ 3,7 bilhões em outubro, com R$ 2,8 bilhões concentrados na semana final do mês. Fundos de infraestrutura também atraíram R$ 1,6 bilhão no mês, sendo R$ 800 milhões nos últimos dias.

O cenário favorável para a renda fixa privada se alinha à expectativa de cortes na Taxa Selic a partir do primeiro trimestre de 2026. Os contratos de DI para janeiro de 2026 fecharam a semana em 14,89%, e outros vencimentos mais longos também apresentaram quedas. No mercado Internacional, os rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos recuaram após um dado de CPI (Índice de Preços ao Consumidor) vir abaixo do esperado.

Reunião de líderes em encontro internacional, refletindo o cenário macroeconômico global.
Cenário global impacta mercados de renda fixa.

Inflação e Perspectivas para a Selic

A prévia da inflação oficial, o IPCA-15 de outubro, apresentou alta de 0,18%, ficando abaixo das projeções de mercado. A inflação acumulada em 12 meses caiu para 4,94%, voltando a ficar abaixo de 5%. A XP revisou sua projeção para o IPCA de 2025 de 4,7% para 4,6%, apontando viés de baixa.

Contudo, a inflação ainda se mantém acima da meta de 3% do Banco Central e ultrapassa o limite superior de 4,5%. Analistas, como os da XP, alertam para a necessidade de cautela quanto ao ritmo de cortes da Selic e ao controle de preços nos próximos trimestres, apesar dos sinais positivos.

Fonte: InfoMoney

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