O ministro da Casa Civil, Rui Costa, esclareceu nesta quarta-feira (8) que o governo federal Lula não possui planos concretos para implementar a tarifa zero no transporte público ainda este ano ou no próximo. Segundo o ministro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitou apenas estudos para avaliar a viabilidade da medida. Rui Costa fez a declaração durante entrevista a rádios da Bahia, buscando evitar a criação de “falsas expectativas” na população.

A discussão sobre a gratuidade no transporte ganhou força nas redes sociais e agrada apoiadores do atual governo, diante da possibilidade de os usuários não precisarem mais arcar com os custos diretos das passagens de ônibus. Apesar do apelo, persistem dúvidas sobre a sustentabilidade financeira da proposta, mas o debate sobre o tema é considerado necessário.
Estudos em Andamento pela Economia
Na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já havia informado que sua equipe estava realizando uma “radiografia” do setor a pedido do presidente Lula. O objetivo é detalhar os Custos e as fontes de financiamento do sistema de transporte público. Entre os pontos em avaliação estão:
- O custo total do setor de transporte público;
- A participação atual de subsídios públicos;
- A contribuição das empresas via vale-transporte;
- O valor que sai diretamente do bolso do trabalhador;
- Identificação de gargalos e oportunidades tecnológicas.
A iniciativa de estudo surge em um momento de debate crescente sobre a mobilidade urbana no país. Na semana passada, a Câmara Municipal de Belo Horizonte rejeitou um projeto que propunha a gratuidade nos ônibus municipais em um prazo máximo de quatro anos. A proposta curitibana previa um financiamento híbrido, com contribuições de empregadores, receitas de Publicidade em veículos e terminais, multas às concessionárias e um fundo municipal.
A discussão sobre a tarifa zero no transporte público é complexa e envolve diferentes setores da sociedade e da economia. A análise aprofundada solicitada pelo presidente Lula visa mapear todas as variáveis financeiras e operacionais antes de qualquer decisão concreta. A expectativa é que os estudos apresentem um panorama claro sobre a sustentabilidade e os modelos possíveis para a implementação da medida, caso venha a ser considerada viável.
Fonte: G1