Tarifa EUA-China Cai para 47%, Superando Taxa Brasileira

Donald Trump reduz tarifas EUA-China para 47%, deixando o Brasil com taxas de até 50%. Entenda o impacto e as negociações.
Tarifa EUA-China — foto ilustrativa Tarifa EUA-China — foto ilustrativa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma redução significativa nas tarifas de importação sobre produtos chineses, diminuindo a taxa de 57% para 47%. Esta decisão surge após um encontro com o presidente da China, Xi Jinping, marcando uma mudança nas relações comerciais entre as duas maiores economias do mundo.

Com a nova alíquota, a China, principal rival econômico dos EUA, passa a ter tarifas mais baixas do que o Brasil. Atualmente, produtos brasileiros enfrentam taxas de até 50% para entrar no Mercado americano, embora existam diversas exceções que mitigam o impacto total.

O Brasil foi incluído nessa política de tarifas elevadas após Trump acusar o país de promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Paralelamente, a Índia também foi alvo de tarifas de até 50%, como resposta à manutenção das compras de petróleo russo, contrariando sanções americanas.

A expectativa de uma possível redução das tarifas para o Brasil aumentou após um encontro entre Trump e o presidente Lula (PT) na Malásia. A reunião, que durou cerca de 45 minutos, deu início a um processo de negociação bilateral. Representantes comerciais de ambos os países já realizaram a primeira reunião, definindo um Calendário focado nos setores mais afetados pelas tarifas.

Donald Trump em encontro com Xi Jinping
Donald Trump em encontro com Xi Jinping, onde foi acordada a redução de tarifas.

Contexto da Negociação EUA-China

O acordo entre Trump e Xi Jinping, realizado na Coreia do Sul, prevê que, em troca da redução tarifária, a China retomará a compra de soja americana, manterá o fluxo de exportação de terras raras e combaterá o comércio ilícito de fentanil. Esta reunião representa um avanço para reduzir as tensões da guerra comercial.

Além da tarifa geral, os EUA também cortarão pela metade os tributos sobre produtos relacionados ao fentanil, de 20% para 10%. A China se comprometeu a adquirir “quantidades enormes” de soja e outros produtos agrícolas, com promessas de comprar 25 milhões de toneladas anuais de soja por três anos.

O entendimento firmado evita uma tarifa de 100% sobre produtos chineses que Trump havia ameaçado, estendendo uma trégua comercial entre as duas maiores economias globais. A China também suspenderá, por um ano, os controles de exportação sobre terras raras, elementos essenciais para tecnologias avançadas como smartphones e carros elétricos.

Novos Controles e Cooperação Bilateral

Os novos acordos globais exigirão licenças de exportação para produtos com vestígios de terras raras, visando impedir seu uso militar. Outros pontos do entendimento incluem:

  • Suspensão das restrições de exportação dos EUA que impediam empresas de adquirir tecnologia americana.
  • Compromisso da China em comprar 25 milhões de toneladas de soja dos EUA anualmente por três anos.
  • Suspensão temporária de novas tarifas portuárias pelos EUA para embarcações chinesas.
  • Cooperação no combate ao tráfico de fentanil, com a China comprometida em diminuir o envio de precursores químicos.

A decisão de Trump de reduzir as tarifas sobre a China coloca o Brasil em uma posição de desvantagem comercial nos EUA. O país agora busca negociar ativamente para reverter essa situação e aliviar o impacto das altas taxas impostas pelo governo americano.

A escalada das tarifas e as negociações comerciais entre as potências globais têm reflexos diretos no comércio internacional e podem influenciar as políticas econômicas de países como o Brasil, que dependem fortemente de suas exportações.

Fonte: G1

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