O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), evitou comentar sua participação na derrubada da Medida Provisória (MP) do IOF no Congresso. Ao ser questionado pela imprensa, Tarcísio afirmou estar focado em São Paulo e que o assunto cabe ao Legislativo.
A MP alternativa ao IOF foi retirada da pauta de votação da Câmara e perdeu a validade na semana passada, em um movimento articulado pela oposição e pelo Centrão para contrariar o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Fontes do governo, partidos de centro e oposição indicam que Tarcísio teria agido junto a deputados e líderes partidários para anular a medida. O líder do PL, Sóstenes Cavalcante, inclusive agradeceu publicamente a atuação do governador paulista.
Em resposta às acusações, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explorou o episódio politicamente, acusando Tarcísio de atuar para “proteger a Faria Lima” em detrimento dos interesses nacionais. Tarcísio rebateu com um vídeo crítico ao ministro e ao PT.
Tarcísio rebate críticas e foca em questões fiscais
“Ele [Haddad] está levando meu nome em vão”, declarou Tarcísio nesta terça-feira (14) sobre o vídeo de ataques ao ministro. O governador de São Paulo sugeriu que o governo federal deveria direcionar sua atenção para o “rumo fiscal” do país.
“Está todo mundo preocupado com o rumo fiscal do Brasil. A gente não quer lá na frente ter um dissabor, não quer ver o Brasil flertando com um superendividamento, inflação alta e eventualmente recessão. A gente não vai torcer para o Brasil dar errado”, enfatizou Tarcísio, adicionando que “a gente não pode ser negligente com a questão fiscal”.
Evita comentar críticas a Eduardo Bolsonaro
O governador também se recusou a comentar as Críticas feitas pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI) ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ). Nogueira acusou o filho do ex-presidente de prejudicar a direita com atuações nos Estados Unidos. A declaração de Ciro Nogueira foi interpretada como um movimento para inviabilizar uma candidatura presidencial da família Bolsonaro, cenário em que Tarcísio é cotado como um possível substituto.
Fonte: Valor Econômico
