Tarcísio critica Haddad e PT após derrubada da MP do IOF

Tarcísio de Freitas critica Fernando Haddad e PT após derrubada da MP do IOF. Governador de SP alega “campanha de desconstrução” e pede corte de gastos.
Imagem de um seminário, com foco em discussões econômicas e políticas, relacionada à derrubada da MP do IOF. Imagem de um seminário, com foco em discussões econômicas e políticas, relacionada à derrubada da MP do IOF.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reagiu com veemência após a derrubada da Medida Provisória (MP) que alterava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) na Câmara dos Deputados. Tarcísio, apontado como um dos articuladores contra a medida, polarizou com o PT e criticou diretamente o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em um vídeo divulgado nas redes sociais. “Tenha vergonha, Haddad”, declarou o governador.

Tarcísio acusou o PT de promover há meses uma “campanha de desconstrução” contra sua imagem e reputação, utilizando táticas de “medo e ódio” contra quem pensa diferente. Ele classificou a acusação de ter trabalhado para evitar a cobrança de mais impostos como “absurda”, afirmando que seu foco é o desenvolvimento de São Paulo e a melhoria da vida das pessoas. “Ninguém, nem eu nem o país vai apoiar. Já chega. Vamos parar de inventar culpado”, enfatizou, pedindo que o governo “corte gastos” e “saia do palanque”.

Contexto da Derrubada da MP do IOF

A MP 1303, que previa o aumento de alíquotas sobre aplicações financeiras, fintechs e apostas online para ampliar a arrecadação federal em 2025 e 2026, perdeu a validade após a Câmara dos Deputados aprovar sua retirada de pauta com apoio do Centrão. Essa MP era vista como uma das principais fontes de arrecadação esperadas pelo Governo.

Seminário Brasil Hoje.
Seminário Brasil Hoje.

Articulação e Declarações no Congresso

Inicialmente, Tarcísio havia afirmado que seu foco estava nas demandas de São Paulo e que a MP do IOF era uma questão do Congresso. Contudo, após a derrubada da proposta, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), agradeceu publicamente ao governador pelo “empenho” e “diálogo” contra o aumento de impostos. Em declarações posteriores, Cavalcante atribuiu a menção específica a Tarcísio a um “lapso de Memória“, embora tenha admitido ter conversado com o governador sobre a pressão exercida sobre o partido Republicanos.

Cavalcante detalhou que a articulação envolveu diversos governadores, como Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Ratinho Junior (Paraná) e Ronaldo Caiado (Goiás), cujos contatos com suas bancadas de deputados federais foram cruciais. O deputado ressaltou que a “vitória da oposição” foi resultado de um “conjunto de esforços” e “erros do governo”.

Relações Políticas e Cenário Eleitoral

A polarização entre Tarcísio de Freitas e o PT se insere no contexto político de 2025, com o governador sendo cotado como pré-candidato à Presidência em 2026, em potencial disputa contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Caso Tarcísio busque a reeleição em São Paulo, pode ter Fernando Haddad como adversário, uma vez que o ministro é pressionado pelo PT e pelo presidente para concorrer no estado. Em 2022, ambos disputaram o governo paulista.

Fonte: Valor Econômico

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