IBGE: Supersafra 2025 deve superar previsões, com recorde inédito

IBGE projeta supersafra recorde em 2025, com alta de 16,8%. Saiba quais culturas se destacam e os desafios logísticos do agro brasileiro.
Supersafra 2025 — foto ilustrativa Supersafra 2025 — foto ilustrativa

A safra brasileira de 2025 promete ser ainda mais expressiva do que o inicialmente previsto, com a expectativa de atingir um volume Recorde de 341,9 milhões de toneladas. Este número representa um aumento significativo de 16,8% em comparação com o desempenho de 2024, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em seu Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de setembro.

A estimativa foi revisada para cima em 0,2% em relação ao levantamento de agosto, adicionando 660,9 mil toneladas ao total projetado. Carlos Barradas, gerente do levantamento do IBGE, atribui esse Recorde a um clima favorável durante as safras de verão e segunda safra, além de um investimento maior dos produtores em áreas de plantio e insumos. A rentabilidade atrativa de alguns produtos na época do plantio também incentivou a expansão.

Expansão da Área Plantada e Colheita

A área destinada à colheita em 2025 deve totalizar 81,4 milhões de hectares, um crescimento de 3,0% em relação a 2024, o que equivale a 2,4 milhões de hectares adicionais. A projeção da área colhida em setembro foi elevada em 0,1% em relação a agosto, com um acréscimo de 102,7 mil hectares.

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Principais culturas como soja, milho, algodão e sorgo são esperadas para registrar volumes recordes. A soja deve crescer 14,4%, alcançando 165,9 milhões de toneladas, enquanto o milho tem projeção de alta de 20,7%, chegando a 138,4 milhões de toneladas. O milho de primeira safra deve aumentar 14,0% (26,1 milhões de toneladas), e o de segunda safra, 22,4% (112,3 milhões de toneladas).

Outras Culturas e Revisões de Produção

Outras culturas com aumentos significativos projetados incluem o arroz (17,2% para 12,4 milhões de toneladas), algodão (10,6% para 9,8 milhões de toneladas), sorgo (24,8% para 5,0 milhões de toneladas) e trigo (3,6% para 7,8 milhões de toneladas). Em contrapartida, o feijão apresenta uma previsão de queda de 0,5%, totalizando 3,1 milhões de toneladas.

A expectativa de uma safra robusta de milho e algodão impulsionou a revisão positiva para cima das estimativas de produção em setembro. Houve avanços nas projeções para o milho 2ª safra (+0,3%), milho 1ª safra (+0,2%), algodão herbáceo (+3,7%), tomate (+4,3%), café canephora (+4,2%), feijão 2ª safra (+3,2%), cevada (+1,7%), mandioca (+1,2%), trigo (+1,0%), feijão 3ª safra (+0,8%) e sorgo (+0,1%).

Por outro lado, as estimativas foram revistas para baixo para feijão 1ª safra (-4,6%), aveia (-1,9%), café arábica (-0,8%) e soja (-0,0%).

Desafios Logísticos e de Sustentabilidade

Apesar do cenário promissor de supersafra, o agronegócio brasileiro enfrenta desafios persistentes em infraestrutura logística, especialmente em escoamento da produção, e em manter os padrões de sustentabilidade exigidos pelo mercado global. A expansão da produção demanda investimentos contínuos em transporte e armazenamento para evitar perdas e garantir a competitividade.

Fonte: Estadão

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