A possível indicação de Jorge Messias para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) desencadeou uma intensa disputa interna pela Liderança da Advocacia-Geral da União (AGU). A nomeação de Messias para a corte, antecipada por interlocutores do presidente Lula, abre um vácuo de poder que já mobiliza diversos nomes dentro da própria instituição.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2025/D/l/cj4OHXShGQsPuFYUq1Jw/jorge-messias-stf.jpg" alt=""><figcaption></figcaption></figure>)
Aliados do presidente Lula consideram a escolha de uma mulher para suceder Messias como uma estratégia para mitigar possíveis Críticas à escalação de mais um homem para o STF. Caso a indicação de Messias se concretize, a busca por uma substituta com perfil técnico e afinidade política se torna uma prioridade.
Candidatas Potenciais para a Chefia da AGU
Entre as fortes candidatas para assumir a chefia da AGU, destacam-se nomes com notável atuação em suas respectivas áreas. Anelize Almeida, atual procuradora-geral da Fazenda Nacional, possui um bom trânsito na equipe econômica, incluindo o ministro Fernando Haddad. Isadora Cartaxo, secretária-geral de Contencioso, tem 17 anos de carreira como Advogada da União e é responsável por ações cruciais da AGU no STF, mantendo um relacionamento próximo com os magistrados.
Clarice Calixto, procuradora-Geral da União, já atuou em ministérios como Justiça e Cultura durante o governo Dilma Rousseff, construindo laços importantes com integrantes do atual Executivo e com a primeira-dama, Rosângela Lula da Silva (Janja). Adriana Venturini, procuradora-federal desde 2002, também é mencionada, com experiência em atuação perante os tribunais superiores.
Além dessas, os nomes das procuradoras Manuelita Hermes e Maria Rosa Loula também circulam nos bastidores como possíveis sucessoras.

Nomes Masculinos na Disputa Interna
Apesar da preferência por uma sucessão feminina, dois homens também despontam como potenciais substitutos de Jorge Messias na AGU. Flavio Roman, atual advogado-geral substituto e procurador do Banco Central, é visto por muitos como um sucessor natural. André Dantas, Consultor-Geral da AGU, também é lembrado como um forte candidato.
No entanto, aliados de Lula indicam que o presidente ainda não definiu o perfil ideal para a chefia da AGU. A antecipação da Aposentadoria de Luís Roberto Barroso pegou a Presidência de surpresa, sem comunicação prévia, o que demonstra a necessidade de flexibilidade na escolha. Há quem sugira que o presidente busque um nome com forte afinidade política para defender os interesses do governo, especialmente em um contexto de negociações internacionais.
O Papel de Jorge Messias e o Contexto Político
A atuação de Jorge Messias à frente da AGU foi fundamental para a consolidação da estrutura do governo e para a gestão das relações com o STF. Sua ascensão, de um nome sem proximidade prévia com Lula a uma referência jurídica ouvida em questões políticas, credencia-o para a alta corte. Essa trajetória reforça a tese de que um perfil com capacidade de articulação e Defesa do Executivo é essencial para o cargo.
Nesse sentido, alguns colaboradores do presidente sugerem que a escolha para a AGU considere perfis alinhados a movimentos como o Prerrogativas, coordenado por Marco Aurélio Carvalho, indicando a busca por uma atuação jurídica com viés político e institucional.
Fonte: Valor Econômico