A saída antecipada do ministro Luís Roberto Barroso do Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma disputa nos bastidores pela sua sucessão. A indicação divide forças entre o PT, a cúpula do Senado e ministros da própria Corte.


Disputa pela vaga no STF
Os petistas e ministros palacianos endossam o nome do advogado-geral da União, Jorge Messias, que conta com o respaldo de praticamente todo o PT. Em contrapartida, a cúpula do Senado, incluindo o presidente Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e alguns ministros do Supremo, preferem o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O ministro do TCU Bruno Dantas também figura entre os cotados.

Estratégias e Alianças Políticas
Para alguns aliados do presidente Lula, a antecipação da Aposentadoria de Barroso não é ideal neste momento. A disputa pela vaga pode desorganizar a estratégia política do governo, especialmente em Minas Gerais, onde o presidente apostava em construir a candidatura de Pacheco ao governo do estado em 2026.
O critério da confiança deve ser primordial na escolha, assim como ocorreu nas indicações de Flávio Dino e Cristiano Zanin. Dentre os principais cotados, o nome de Jorge Messias é o que possui a maior Confiança do presidente.

Pressão por Diversidade e Futuro da Corte
O Governo reconhece que haverá pressão pela indicação de uma mulher para o cargo. No entanto, avalia que este não deve ser o fator primordial, pois Lula não teria, no momento, um nome de consenso para indicar. A dinâmica política em torno da sucessão de Barroso reflete as complexas negociações e alianças que moldam o futuro do Supremo Tribunal Federal e impactam a governabilidade do país.
Fonte: G1