STF: Primeira Turma mantém condenação de Bolsonaro em trama golpista

Primeira Turma do STF mantém condenação de Jair Bolsonaro na trama golpista, com maioria pela rejeição de recurso. Entenda os detalhes da decisão.
condenação de Bolsonaro — foto ilustrativa condenação de Bolsonaro — foto ilustrativa

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (7) para rejeitar o recurso e manter a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de Prisão no caso da trama golpista.

Os ministros estão julgando, em plenário virtual, os embargos de declaração, que buscam esclarecimentos sobre omissões, contradições e obscuridades nos votos proferidos anteriormente.

O placar atual está 3 a 0 pela rejeição do recurso, com os votos dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Falta apenas o voto da ministra Cármen Lúcia, uma vez que Luiz Fux deixou o colegiado. Os votos podem ser inseridos no sistema eletrônico até 14 de novembro.

Em setembro, a Primeira Turma já havia decidido, por 4 votos a 1, que Bolsonaro liderou uma organização criminosa que visava mantê-lo no poder após a derrota nas urnas eletrônicas. O grupo teria utilizado recursos do Estado, como a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Polícia Rodoviária Federal, para perseguir adversários políticos e planejar ações drásticas, incluindo o assassinato de autoridades e ataques ao sistema de votação.

Estão sendo julgados os embargos de declaração de diversos réus, incluindo Alexandre Ramagem (deputado federal e ex-diretor da Abin), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF), Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional – GSI), Jair Bolsonaro (ex-presidente), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Walter Souza Braga Netto (ex-ministro da Casa Civil e da Defesa).

Moraes, Dino e Zanin também votaram pela rejeição dos embargos dos demais condenados, mantendo o placar de 3 a 0 para manter as penas em todos os casos.

Argumentos da Defesa e do STF

A defesa de Bolsonaro classificou a sentença como injusta, argumentando que a condenação pelos atos de 8 de janeiro não se sustenta, pois ele não teria sido autor intelectual nem incitado os crimes. A defesa também negou a existência de provas que liguem Bolsonaro ao plano “Punhal Verde e Amarelo” para assassinar autoridades.

Ao votar pela rejeição do recurso, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que o papel de liderança de Bolsonaro no grupo criminoso foi devidamente comprovado. Ele declarou: “Também foi demonstrada a autoria delitiva do embargante [Bolsonaro], tendo exercido a liderança da organização criminosa armada, tendo os apoiadores invadido os edifícios-sede das instituições democráticas destruíram, inutilização e deterioraram patrimônio do Estado Brasileiro, com a propagação da falsa narrativa de fraude eleitoral no ano de 2022”.

Ex-presidente Jair Bolsonaro em frente à sua residência em Brasília, após decisão do STF.
Ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília.

Fonte: G1

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