STF encerra ação sobre prescrição de multas ambientais no governo Bolsonaro

STF encerra ação do PV contra prescrição de multas ambientais no governo Bolsonaro. Ministra Cármen Lúcia considera que cenário de negligência foi superado.
prescrição de multas ambientais — foto ilustrativa prescrição de multas ambientais — foto ilustrativa

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou uma ação movida pelo Partido Verde (PV) que questionava normas federais sobre a prescrição de multas ambientais, ajuizada durante o Governo de Jair Bolsonaro. Segundo a ministra, houve uma mudança no cenário que justificou a ação inicial, afastando a alegação de um “quadro de negligência”.

Contexto da Ação do Partido Verde

Em 2022, o PV ingressou com a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1009, denunciando o que chamou de “gestão errática e tumultuária” do governo federal em relação às sanções ambientais. O partido argumentou que decretos federais estavam levando a uma “prescrição em massa” das multas, prejudicando a proteção ambiental e gerando uma sensação de impunidade.

Posição da Advocacia-Geral da União (AGU)

A Advocacia-Geral da União (AGU) contestou o argumento do PV, sustentando que o atual governo federal não apresenta mais o cenário de “gestão errática e tumultuária” na cobrança de multas ambientais. A AGU informou que as entidades responsáveis têm progredido na gestão dos processos, buscando reduzir o passivo e o risco de prescrição das multas. Medidas como a criação da Procuradoria Nacional da Defesa do Clima e do Meio Ambiente e a publicação de instruções para aperfeiçoar a apuração de infrações foram destacadas.

Decisão de Cármen Lúcia e Evidências

Cármen Lúcia acatou os argumentos da AGU, considerando que as medidas apresentadas demonstram a alteração do quadro fático que motivou a ação do PV. Para a ministra, as providências tomadas afastaram as irregularidades observadas anteriormente. A magistrada citou dados públicos que reforçam a efetividade do atual processo de multas ambientais, indicando que a arrecadação em 2024 com multas ambientais atingiu R$ 729 milhões, superando o somatório de 2019 a 2022.

Fonte: Valor Econômico

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade