O Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou maioria de votos nesta sexta-feira (17) para reverter uma decisão liminar do ministro Luís Roberto Barroso. A decisão original de Barroso permitia que enfermeiros e técnicos em enfermagem realizassem abortos nos casos já autorizados por lei, estendendo a eles a proteção legal conferida aos médicos.
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Contexto da Decisão do STF sobre Abortos
A Controvérsia gira em torno da interpretação do Código Penal brasileiro, que autoriza o aborto em situações específicas, como em casos de estupro, risco de vida para a gestante e anencefalia do feto. O ministro Barroso havia concedido decisões liminares que ampliavam a aplicabilidade dessa proteção a profissionais de enfermagem, reconhecendo sua atuação em procedimentos médicos que se enquadram nas exceções legais.
Formação da Maioria no Supremo
Com a nova formação da maioria, o STF sinaliza uma posição contrária à interpretação anterior de Barroso. A decisão reflete um debate interno no tribunal sobre os limites da atuação de diferentes categorias profissionais da saúde em procedimentos sensíveis e que geram intensos debates sociais e éticos. A discussão sobre a legalidade e os contornos da atuação de profissionais não médicos em abortos autorizados tem sido um ponto de atenção no cenário jurídico e político.
Implicações da Derrubada da Liminar
A derrubada da decisão liminar do ministro Barroso pelo STF tem implicações diretas na prática médica e nos direitos reprodutivos no Brasil. Enfermeiros e técnicos em enfermagem que atuam em centros de saúde e hospitais podem ter sua capacidade de realizar ou auxiliar em abortos autorizados reavaliada. Isso pode gerar incertezas e exigir novas regulamentações ou esclarecimentos por parte do Conselho Federal de Enfermagem e de outras entidades reguladoras da profissão, além de impactar o Acesso a esses procedimentos em algumas localidades.
Fonte: Valor Econômico