Fusão de Gigantes: Skyworks e Qorvo Criam Potência de Chips de Rádio US$ 22 Bi

Skyworks e Qorvo anunciam fusão de US$ 22 bilhões para criar gigante em chips de rádio, impactando o fornecimento para a Apple e o mercado de smartphones.
Gigante de chips de rádio de US$ 22 bi — foto ilustrativa Gigante de chips de rádio de US$ 22 bi — foto ilustrativa

A fabricante de chips de rádio Skyworks Solutions anunciou a compra de sua rival Qorvo, criando uma empresa combinada avaliada em US$ 22 bilhões. Ambas as companhias são importantes fornecedoras de chips de radiofrequência para a Apple e outros grandes fabricantes de smartphones. A operação visa capitalizar a esperada recuperação na demanda por smartphones, especialmente com o foco da Apple em desenvolver seus próprios componentes internos.

O acordo, que envolve a combinação de ações e dinheiro, tem o potencial de formar um dos maiores fornecedores de chips de radiofrequência nos Estados Unidos. Os acionistas da Qorvo receberão US$ 32,50 em dinheiro e 0,960 ação da Skyworks para cada papel que possuírem. O valor total da oferta, estimado em US$ 105,31 por ação, representa um prêmio de 14,3% sobre o preço de fechamento de segunda-feira, avaliando a Qorvo em cerca de US$ 9,76 bilhões.

Contexto do Mercado de Semicondutores

A Skyworks é conhecida por projetar e fabricar chips analógicos e de sinais mistos cruciais para comunicação sem fio. Seus produtos são amplamente utilizados em smartphones, no setor automotivo, em eletrônicos de consumo e em aplicações industriais. A união com a Qorvo, outra gigante no segmento de radiofrequência, pode reconfigurar significativamente o cenário competitivo.

Gráfico com dados de mercado de chips de rádio, com foco na Apple.
A fusão visa fortalecer a posição das empresas no competitivo mercado de semicondutores.

Desafios Regulatórios e Perspectivas Futuras

A fusão entre dois dos principais fabricantes norte-americanos de chips de radiofrequência para smartphones certamente atrairá um escrutínio rigoroso por parte das agências reguladoras de concorrência. As empresas expressaram a expectativa de que o acordo seja concluído no início de 2027, mas a aprovação antitruste será um obstáculo chave. A consolidação do setor pode levar a uma maior eficiência, mas também levanta preocupações sobre a concentração de Mercado e o poder de barganha com clientes como a Apple.

Analistas apontam que a demanda por componentes de alta performance em dispositivos móveis continua crescente, impulsionada pelo 5G e pela constante inovação em smartphones. Essa fusão pode posicionar a nova entidade de forma estratégica para atender a essas demandas futuras, especialmente no que diz respeito a chips de radiofrequência mais eficientes e integrados.

Fonte: Folha de S.Paulo

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