Skaf retorna à Fiesp com discurso de combate ao crime e foco em reformas

Paulo Skaf reassume a Fiesp com discurso de combate ao crime e defesa do setor industrial. Veja os planos e alinhamentos do líder empresarial.
Paulo Skaf Fiesp — foto ilustrativa Paulo Skaf Fiesp — foto ilustrativa

Paulo Skaf está de volta ao comando da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e, antes mesmo do início oficial de seu novo mandato em janeiro, já sinaliza uma postura ativa em temas que extrapolam o universo industrial, aproximando-se do debate político. Apesar de negar intenções eleitorais, Skaf tem se posicionado em questões de segurança pública e apoio a reformas.

Discurso Firme sobre Segurança Pública

Após uma operação policial no Rio de Janeiro que resultou em mais de cem mortes, Skaf manifestou apoio incondicional às forças de segurança. Em uma mensagem nas redes sociais, ele declarou que o Brasil está em guerra contra o crime e que essa batalha exige “força e coragem”, não “palavras bonitas”.

“Minha admiração e respeito aos policiais do Rio que enfrentaram ontem o crime organizado. Meus sentimentos aos heróis que tombaram em combate. Em momentos como esse é preciso deixar claro: estou do lado do Brasil e de quem o defende. Chega de proteger bandido”, afirmou.

Paulo Skaf em evento na Fiesp.
Paulo Skaf em evento na Fiesp.

Novos Conselhos e Alinhamento Político

A agenda de Skaf já vinha se mostrando voltada para a segurança, com o convite a secretários de segurança de todo o país para um jantar em São Paulo. Em setembro, ele anunciou a criação de 16 conselhos superiores, reunindo nomes que integraram o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, como Sergio Moro e Tereza Cristina. Skaf, contudo, nega qualquer viés político nessas escolhas, atribuindo-as a uma visão liberal compartilhada.

“Naturalmente, quando eu escolho o [ex-presidente do Banco Central] Roberto Campos Neto é porque, na minha opinião, a visão dele de economia se assemelha a essa visão. São nomes respeitados. A preocupação não foi ligação com o Governo A, B ou C”, explicou.

Skaf em reunião com líderes empresariais.
Skaf em reunião com líderes empresariais.

Articulação com o Legislativo e Negativas Eleitorais

Skaf também tem buscado apoio no Poder Legislativo, reunindo-se com presidentes do Senado e da Câmara. Ele ressalta a importância de ter o Congresso ao lado para um “trabalho com visão de país”. Novas lideranças políticas, como o senador Marcos Pontes, também foram convidadas para integrar conselhos voltados a temas como Inteligência Artificial.

Sobre eventuais pretensões eleitorais futuras, Skaf é categórico: “Nâo tenho nem filiação partidária. Não passava pela minha cabeça voltar à Fiesp. Foram circunstâncias, um movimento que nasceu espontâneo dos setores produtivos”. Ele descreve os conselhos como um “ministério da sociedade” e reforça que não há ligação com política partidária.

Paulo Skaf com representantes do setor industrial.
Paulo Skaf com representantes do setor industrial.

Postura Firme Contra Aumento de Impostos

Ao relembrar sua gestão anterior, marcada pelo “pato amarelo” da Fiesp como símbolo de protesto contra impostos, Skaf promete manter um tom duro. Ele defende a responsabilidade fiscal dos governos e avisa que a entidade reagirá fortemente a qualquer aumento de tributos.

“A sociedade não quer mais pagar aumento de imposto, qualquer que seja. A partir do ano que vem, em qualquer aumento de imposto, a reação da Fiesp vai ser forte. Contra qualquer governo, estadual, federal, municipal, não importa”, declarou.

Representação do protesto contra impostos.
Representação do protesto contra impostos.

Fonte: Folha de S.Paulo

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