A reforma tributária trará mudanças significativas para o Simples Nacional, sistema tributário voltado para micro e pequenas empresas. Contrariando receios, o regime tributário não será extinto, mas sim adaptado a um novo cenário, conforme explica a colunista do Estadão, Maria Carolina Gontijo, conhecida como a Duquesa de Tax.
O novo modelo tributário brasileiro será baseado no IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que será desmembrado em IBS e CBS. O Simples Nacional permanecerá como uma opção viável, mas com a introdução de um sistema híbrido. Este sistema permitirá que empresas do Simples apurem créditos e débitos de IBS e CBS, similarmente aos regimes tributários regulares.
O Sistema Híbrido do Simples Nacional
A Duquesa de Tax ressalta que não haverá uma exclusão compulsória das empresas do Simples Nacional. Em vez disso, será oferecida uma escolha, e as empresas deverão avaliar as consequências dessa decisão. O sistema híbrido exigirá que os empreendedores estejam atentos, especialmente nos setores de comércio e indústria.
Ignorar a possibilidade de aderir ao modelo híbrido pode levar ao acúmulo de impostos, tanto na entrada quanto na saída das operações. Essa situação pode comprometer a competitividade das empresas que optarem por permanecer integralmente no modelo tradicional do Simples Nacional, sem aproveitar os benefícios do novo sistema.
Análise de Maria Carolina Gontijo (Duquesa de Tax)
Em suas análises, a Duquesa de Tax enfatiza a importância da compreensão das novas regras. A adaptação ao sistema híbrido, que permite a gestão de créditos e débitos de IVA, é crucial para a saúde financeira e a manutenção da competitividade das pequenas empresas no Mercado brasileiro. A decisão de aderir ao modelo híbrido ou permanecer no Simples integral deve ser cuidadosamente ponderada por cada empreendedor.
A especialista destaca que o novo regime, embora traga complexidades iniciais, visa modernizar a tributação no Brasil e alinhar o país a práticas internacionais de IVA. A transição, segundo ela, é uma oportunidade para as empresas revisarem suas estruturas e buscarem maior eficiência fiscal.
Fonte: Estadão