Shein: Venda de bonecas sexuais é vetada após críticas sobre aparência infantil

Shein bane venda de bonecas sexuais com aparência infantil após protestos e ameaça de banimento na França. Plataforma reforça controles.
Manifestantes protestando em frente à futura loja da Shein em Paris, após denúncia sobre venda de bonecas sexuais com aparência infantil. Manifestantes protestando em frente à futura loja da Shein em Paris, após denúncia sobre venda de bonecas sexuais com aparência infantil.

A Shein anunciou, nesta segunda-feira (3/11), o veto permanente de todas as contas de vendedores associadas à venda de bonecas sexuais ilegais, após severas Críticas relacionadas à aparência infantil dos produtos. A plataforma de e-commerce global também informou que reforçará seus mecanismos de controle e removeu temporariamente a categoria de produtos adultos como medida preventiva.

Todos os anúncios e imagens associados às controversas bonecas foram imediatamente retirados da plataforma. A Shein declarou que realizará uma revisão completa de seus processos e pretende impor controles mais rigorosos sobre seus vendedores terceirizados. A empresa também aprimorou sua lista de palavras-chave proibidas para coibir tentativas de burlar as restrições de listagem de produtos.

Posicionamento da Shein

O presidente-executivo da Shein, Donald Tang, enfatizou que a Luta contra a exploração infantil é inegociável para a empresa. Ele expressou indignação pessoal com os anúncios, afirmando que a origem dos produtos está sendo rastreada e que medidas rápidas e decisivas serão tomadas contra os responsáveis. Tang classificou os anúncios como provenientes de um marketplace de vendedores terceirizados.

Denúncia na França

O Ministério Público de Paris revelou ter recebido denúncias da Direção Geral de Concorrência, Assuntos do Consumidor e Controle de Fraudes (DGCCRF) da França contra a Shein, assim como contra as plataformas Ali Express, Temu e Wish. As denúncias referem-se à venda de bonecas sexuais com aparência infantil. A Procuradoria encaminhou a investigação ao OFMNI, órgão francês especializado na prevenção de violência contra menores de idade.

As preocupações iniciais sobre as bonecas foram levantadas pelo DGCCRF no sábado (1/11). Em resposta, a Shein afirmou ter removido os anúncios assim que tomou conhecimento do problema e iniciou uma investigação para apurar como os produtos foram disponibilizados para venda.

Manifestantes em Paris em frente a futura loja da Shein.
Manifestantes protestaram em Paris em frente ao local onde a Shein ia inaugurar uma loja. — Foto: Getty Images via BBC

Ameaça de Banimento

O ministro das Finanças da França, Roland Lescure, chegou a ameaçar banir a varejista sediada em Singapura do país caso a venda dos produtos continuasse. A declaração ocorreu dias antes da Shein inaugurar sua primeira loja física em Paris, gerando Protestos em frente ao local.

O caso levanta questões importantes sobre a fiscalização de marketplaces online e a responsabilidade das plataformas na comercialização de produtos que violam diretrizes éticas e legais, especialmente quando envolvem a exploração infantil.

Fonte: G1

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