Mercado espera Selic em 15% e adia cortes de juros para 2025

Mercado financeiro espera manutenção da taxa Selic em 15% na reunião do Copom. Expectativa de cortes de juros em 2025 é adiada para março.
Selic parada em 15% — foto ilustrativa Selic parada em 15% — foto ilustrativa

A expectativa do Mercado financeiro é que a taxa Selic permaneça estável em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (5). Pesquisa do Valor com 120 instituições financeiras aponta unanimidade na manutenção da taxa.

Apesar de sinais de melhora nas expectativas de inflação e de uma incipiente desaceleração da atividade econômica, o Banco Central (BC) tende a manter uma comunicação conservadora, adiando o início de um ciclo de cortes de juros. A perspectiva de redução da taxa básica de juros em 2025 foi postergada, com apostas migrando de janeiro para março do próximo ano.

Gráfico indicando a estabilidade da taxa Selic
Expectativa do mercado é de manutenção da Selic em 15% ao ano.

Contexto Econômico e Comunicação do BC

A decisão do Copom reflete um cenário onde a comunicação do Banco Central tem sido cautelosa. A resiliência da inflação de serviços e a persistência de riscos fiscais têm sido apontadas como fatores que limitam o espaço para flexibilização monetária. Especialistas indicam que o BC busca maior clareza sobre a trajetória da inflação e a sustentabilidade das contas públicas antes de iniciar um ciclo de cortes.

Impacto da Manutenção da Selic no Mercado

A manutenção da taxa Selic em patamares elevados impacta diretamente o custo do crédito, o investimento e o consumo. Juros altos tendem a desaquecer a economia, mas são essenciais para conter pressões inflacionárias. A postergação dos cortes também afeta a atratividade da renda fixa, que se beneficia de taxas elevadas, enquanto pode pressionar o mercado de ações devido ao custo de oportunidade.

Perspectivas para o Futuro da Política Monetária

Analistas divergem sobre o ritmo e a magnitude dos futuros cortes da Selic. Enquanto alguns acreditam que uma redução mais agressiva possa ocorrer a partir de março de 2025, outros projetam um ciclo mais lento e gradual, condicionado à evolução dos indicadores macroeconômicos e à percepção de risco fiscal. A política monetária brasileira segue atenta aos movimentos globais e às condições internas.

Fonte: Valor Econômico

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