Apesar do discurso mais restritivo do Comitê de Política Monetária (Copom), algumas instituições financeiras ainda mantêm a expectativa de que o Banco Central possa iniciar o ciclo de cortes na taxa Selic ainda em dezembro deste ano. A maior parte do Mercado, contudo, precifica a manutenção da taxa em 15%.
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Expectativas divergentes para o futuro da Selic
Enquanto o consenso de mercado aponta para o início da redução dos juros em janeiro ou março de 2025, casas como BofA, BRP e Galapagos mantêm suas projeções de uma corte em dezembro. Essa divergência ocorre mesmo com o tom considerado mais duro pelo Copom em sua última comunicação.
O mercado financeiro precifica uma probabilidade de 93% de manutenção da Taxa Selic em 15% na próxima reunião do comitê. No entanto, as apostas isoladas em um corte ainda em 2025 demonstram que a incerteza sobre o futuro da política monetária persiste, impulsionada por fatores econômicos e pela comunicação da autoridade monetária.
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Análise do cenário econômico e do Copom
O tom mais cauteloso do Banco Central, que sinaliza vigilância constante sobre a inflação e a necessidade de manter a política monetária contracionista por tempo suficiente para garantir a convergência das expectativas, tem pesado nas projeções. Especialistas apontam que a decisão final dependerá da evolução dos indicadores econômicos nos próximos meses, especialmente a inflação corrente e a projetada, além do cenário fiscal.
Impacto no mercado e possíveis desdobramentos
A persistência dessas apostas isoladas em um corte da Selic em dezembro, embora minoritárias, reflete um cenário de expectativas ainda voláteis. Para investidores, a definição do momento exato do início do ciclo de cortes de juros é crucial para o planejamento de investimentos em renda fixa e variável. A manutenção da taxa em patamares elevados por mais tempo pode continuar a pressionar a atividade econômica, enquanto uma antecipação, mesmo que pontual, poderia gerar alívio.
Fonte: Valor Econômico
