Secretário RJ esclarece apoio federal negado em megaoperação

Secretário de Segurança do RJ explica a “confusão” sobre apoio federal negado em megaoperação. Entenda o que foi pedido e a colaboração com PF.
apoio federal negado megaoperação RJ — foto ilustrativa apoio federal negado megaoperação RJ — foto ilustrativa

O Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, abordou a aparente confusão em relação ao apoio do governo federal à recente megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha. Segundo ele, houve um mal-entendido sobre a natureza do pedido de ajuda.

Pedido de blindados militares: o que foi negado

Santos explicou que a assistência federal negada especificamente pelo Ministério da Defesa não era operacional, mas sim logística: o empréstimo de blindados militares. O objetivo era superar as robustas barricadas erguidas pelo tráfico, que frequentemente impedem o acesso dos veículos blindados das polícias estaduais. Essas estruturas são descritas como “verdadeiras construções de engenharia”, que os blindados estaduais, por sua configuração, não conseguem transpor.

Secretário de Segurança Pública do RJ, Victor Santos, em entrevista.
Secretário Victor Santos detalha a situação do apoio federal negado.

O pedido de blindados militares foi condicionada pelo Ministério da Defesa à decretação de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Santos criticou essa exigência para um apoio pontual, diferenciando-a de GLOs para grandes eventos internacionais e afirmando que o estado tem a capacidade de prover sua própria segurança pública.

Integração com Polícia Federal é rotineira

Em contrapartida, o secretário enfatizou a estreita e contínua colaboração com o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF). Ele assegurou que a PF foi informada sobre o planejamento da megaoperação desde o seu início, há mais de 60 dias, dada a possibilidade de haver alvos de interesse federal na região. “Existe essa integração, as inteligências se falam diariamente trocando informações, compartilhando informações”, afirmou.

Ferramentas federais como a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e o Comitê de Inteligência Financeira (CIFRA) já operam em conjunto com as forças Estaduais, demonstrando que a cooperação técnica e de inteligência ocorre sem intercorrências. A decisão da PF de não participar ativamente da ação, segundo Santos, foi uma avaliação própria da instituição sobre “conveniência e oportunidade”.

A megaoperação, que ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, foi uma das mais letais da história do Rio de Janeiro, com mais de 120 mortes confirmadas.

Fonte: G1

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