Santander cauteloso com Petrobras e petróleo em 2026

Santander adota cautela com Petrobras e setor de E&P em 2026 devido ao preço do petróleo. Ultrapar surge como alternativa. Saiba mais.
Santander Petrobras petróleo — foto ilustrativa Santander Petrobras petróleo — foto ilustrativa
Logo da Petrobras no Rio de Janeiro, Brasil 05/06/2025 REUTERS/Ricardo Moraes

A perspectiva de preços baixos para o petróleo em 2026 leva o Santander a adotar uma postura cautelosa em relação às ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e ao setor de exploração e produção (E&P). Em contrapartida, o banco vê maior potencial na distribuição de combustíveis, com destaque para a Ultrapar (UGPA3).

Análise do Setor de Exploração e Produção

Em relatório, a equipe do Santander, liderada por Rodrigo Almeida, Eduardo Muniz e Nicole Alonso, aponta que, embora as petroleiras estejam protegidas no curto prazo por estratégias de hedge e fluxo de caixa livre (FCF), a volatilidade do preço do petróleo representa um risco significativo para 2026. No entanto, Brava e PetroReconcavo são mencionadas como exceções.

Gráfico de projeção de preços de petróleo e demanda.
Projeções indicam Brent abaixo de US$ 60/barril.

A Brava (BRAV3) possui hedges significativos e exposição ao gás natural da PetroReconcavo. Contudo, a maioria desses hedges se concentra no quarto trimestre de 2025, enquanto despesas financeiras e investimentos permanecem elevados em relação ao fluxo de caixa total.

Perspectiva para a Petrobras e Outras Companhias

A Petrobras, que raramente realiza hedge de preços do petróleo, deve manter o foco em otimizações de Custos (capex/opex), independentemente das flutuações do mercado. O plano estratégico 2026-2030 da estatal, a ser divulgado em novembro, deve prever cortes de gastos superiores a US$ 8 bilhões.

No caso da PRIO (PRIO3), o baixo custo de extração é um ponto forte, mas o Santander alerta que receitas podem ser impactadas negativamente por preços mais baixos do petróleo e pelo baixo valor de seus hedges.

Navios petroleiros em um porto, representando o mercado global de petróleo.
Sanções recentes impactaram o mercado global de petróleo.

Fatores que Pressionam o Preço do Petróleo

A visão cautelosa do Santander sobre o preço do petróleo se baseia em diversos fatores. A demanda sazonalmente menor, o aumento da oferta da Opep+ e a produção crescente nos Estados Unidos (tanto de xisto quanto offshore) criam um risco de excesso de oferta no mercado, podendo levar o Brent a patamares abaixo de US$ 60 por barril até o final do ano.

Análise de Fluxo de Caixa Livre e Resiliência

Em um cenário de Brent a US$ 60/barril, o projeto Brava representaria cerca de 16% do Lucro ajustado previsto para o ano. A PRIO responderia por aproximadamente 35% do fluxo de caixa livre ao acionista, enquanto a Petrobras contribuiria com 7% e a PetroReconcavo (RECV3) com 18%. A PetroReconcavo se destaca como a companhia mais resiliente a uma eventual queda nos preços do petróleo entre as analisadas pelo banco.

Fonte: InfoMoney

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade