Santander Brasil (SANB11): Lucro no 3T25 Supera Projeções, Mas Animará Ações?

Santander Brasil (SANB11) lucra R$ 4 bilhões no 3T25, superando projeções. Mercado avalia se resultado animará ações diante de múltiplos atrativos e desafios.
Santander Brasil SANB11 lucro 3T25 — foto ilustrativa Santander Brasil SANB11 lucro 3T25 — foto ilustrativa

O Santander Brasil (SANB11) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025 (3T25), reportando um Lucro líquido recorrente de R$ 4,0 bilhões. Este valor representa um aumento de 9,6% em relação ao trimestre anterior e 9,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, superando em 6,9% o consenso da Bloomberg.

O Retorno sobre o Patrimônio (ROE) atingiu 17,5% no trimestre, superando as projeções de 15,8% do Bradesco BBI e os 16,4% registrados no 2T25. Segundo o BBI, o resultado acima do esperado foi impulsionado por menores despesas operacionais (-5,2% trimestre a trimestre), provisões reduzidas (-2,1% em relação à projeção) e uma alíquota efetiva de impostos mais baixa (4,4%, contra 9,5% estimados).

As tendências gerais foram positivas, com destaque para a estabilidade na inadimplência, forte expansão das receitas de tarifas e despesas operacionais controladas. Analistas destacam a contração das despesas pessoais (-0,9% trimestre a trimestre) como um ponto forte, resultado da otimização da força de trabalho, combinada com custo de risco e formação de NPLs (Non-Performing Loans) estáveis.

Gráfico do resultado do Santander Brasil no terceiro trimestre de 2025.
Lucro do Santander Brasil superou as expectativas no 3T25.

Desempenho da Inadimplência e Carteira de Crédito

Apesar dos resultados positivos em diversas frentes, o índice de inadimplência acima de 90 dias apresentou uma leve alta, passando de 3,1% em junho para 3,4% em setembro. O Bradesco BBI interpreta essa piora como consequência de uma redução significativa nas baixas contábeis (0,9% da carteira), antecipadas no 2T25, e não necessariamente uma deterioração da carteira. Os índices de inadimplência iniciais, por exemplo, mostraram melhora, e a formação de NPLs permaneceu em 1,2%.

No que diz respeito à carteira de empréstimos, houve uma aceleração no crescimento, com alta de 4% na comparação anual e 2% no trimestre, impulsionada pelos segmentos de grandes empresas e PMEs. Este foi um ponto de atenção para o Santander, e a melhora indica uma recuperação.

Análise do Mercado e Recomendações

Apesar de o lucro ter superado as projeções, analistas do JPMorgan e Morgan Stanley apontam que o resultado foi significativamente beneficiado por uma alíquota efetiva de imposto muito baixa. O lucro antes dos impostos (EBT) registrou queda de 6% nas estimativas do JPMorgan, impactado principalmente por uma receita líquida de juros (NII) mais fraca e perdas em tesouraria (-R$ 1,3 bilhão). O Morgan Stanley também ressalta que o lucro antes dos impostos ficou abaixo do consenso e alinhado com sua estimativa, com crescimento modesto.

O JPMorgan mantém recomendação overweight para os ativos SANB11, citando múltiplos atrativos (cerca de 6,3 vezes P/L para 2026) e ROEs projetados para convergir para 17-18% (com a gestão mirando 20% no médio prazo). O banco também destaca pontos positivos como a aceleração de empréstimos, otimização de Custos, melhora nas receitas de tarifas e qualidade de ativos controlada. O Morgan Stanley compartilha a visão positiva (overweight).

Em contrapartida, o Bradesco BBI adota uma recomendação neutra, considerando o valuation atual e perspectivas de crescimento moderado, embora reconheça a resiliência operacional do Santander Brasil.

Fonte: InfoMoney

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