JPMorgan alerta: Risco de short squeeze em ações brasileiras em 2025

JPMorgan alerta para risco de short squeeze em ações brasileiras em 2025. Saiba quais empresas e setores estão mais expostos a essa volatilidade.
short squeeze ações brasileiras — foto ilustrativa short squeeze ações brasileiras — foto ilustrativa

O JPMorgan destaca que os principais impulsionadores de longo prazo para o Mercado brasileiro permanecem o início do ciclo de flexibilização monetária e as eleições de 2026. Apesar do desempenho positivo acumulado no ano, a volatilidade de curto prazo pode desencadear short squeezes.

Um short squeeze ocorre quando uma alta rápida no preço de um ativo força investidores que apostaram contra ele (vendedores a descoberto) a recomprar as ações. Isso gera pressão adicional de compra, elevando ainda mais o preço.

Os estrategistas do banco observam que, diferentemente de mercados desenvolvidos, esses eventos são menos comuns no Brasil devido à menor liquidez e maiores custos de transação. No entanto, a cobertura de posições vendidas já afetou o mercado em diversas ocasiões neste ano.

Análise de Mercado e Posições Vendidas

O desempenho robusto em 2025, com o MSCI Brasil em alta de 27% e o Ibovespa em 18%, levou muitos investidores a considerarem que muitas empresas já foram reavaliadas, tornando o momento inoportuno para novas compras. Fatores técnicos e o posicionamento dos investidores tornaram-se os principais gatilhos do mercado.

O índice de ações vendidas a descoberto em relação ao free float (short interest ratio) no Brasil tem se mantido acima de 2,5% por quase um ano, com um aumento de 3,5% para 3,8% nos últimos 40 dias. O indicador “days to cover”, que mede o tempo necessário para cobrir posições vendidas, também se mostra relevante para avaliar o potencial de short squeezes.

Gráfico de performance do Ibovespa mostrando alta em 2025, indicando potencial de short squeeze em ações brasileiras conforme análise do JPMorgan.
Performance do Ibovespa em 2025.

Empresas com Maior Potencial de Short Squeeze

O JPMorgan apresenta dados sobre o short interest das empresas como porcentagem do free float e o número de dias para cobrir as posições vendidas. O banco destaca empresas com recomendação overweight (exposição acima da média do mercado) que apresentam risco de alta em decorrência de posições vendidas:

  • Raízen (RAIZ4)
  • Vamos (VAMO3)
  • Vivara (VIVA3)
  • PetroReconcavo (RECV3)
  • Brava Energia (BRAV3)
  • Cyrela (CYRE3)
  • Azzas 2154 (AZZA3)

Entre os setores, os segmentos discricionário e de bens essenciais lideram com short interest acima de 8%. Em contrapartida, Energia e Telecom apresentam os menores índices, em torno de 5%. No setor discricionário, Raízen, MRV (MRVE3), Magazine Luiza (MGLU3) e Vivara registram posições vendidas superiores a 20%.

Em bens essenciais, GPA (PCAR3) e SLC Agrícola (SLCE3) também ultrapassam a marca de 20%. Em termos de empresas, Engie Brasil (EGIE3), Taesa (TAEE11), Auren (AURE3), CSN Mineração (CMIN3) e SLC Agrícola exibem o maior número de dias para cobrir posições vendidas, indicando um potencial elevado para movimentos de short squeeze.

Análise de dados de short interest em ações brasileiras, destacando empresas com maior potencial de short squeeze em 2025, segundo o JPMorgan.
Análise de empresas com maior short interest.

Fonte: InfoMoney

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade