Apesar de uma notável queda de quase 1% do dólar frente ao real nesta segunda-feira, o Risco Brasil, medido pelos spreads dos contratos de CDS (Credit Default Swap) de cinco anos do país, permanece em patamares elevados. Essa resiliência do risco país contrasta com o alívio cambial, indicando que os investidores ainda monitoram com cautela a situação econômica e fiscal do Brasil.
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O mercado de títulos (bonds) nos Estados Unidos esteve fechado devido ao feriado do Dia de Colombo, o que resultou em uma liquidez bastante reduzida no pregão de hoje. Essa baixa liquidez pode ter influenciado o comportamento dos ativos, mas a persistência de um Risco Brasil elevado sugere preocupações subjacentes que vão além das flutuações diárias.
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Contexto do Risco Brasil Elevado
O Risco Brasil, que disparou para perto de 160 pontos-base na sexta-feira anterior, é um indicador crucial da percepção de risco dos investidores internacionais em relação à economia brasileira. Níveis elevados sugerem que o mercado exige um prêmio maior para investir em ativos brasileiros, refletindo incertezas fiscais, políticas ou econômicas. A Falta de acompanhamento da queda do dólar por este indicador aponta para que as preocupações não são apenas conjunturais, mas possivelmente estruturais.
Análise de Mercado e Impacto Cambial
A desacoplagem entre o comportamento do dólar e o Risco Brasil levanta questionamentos sobre a sustentabilidade da recuperação cambial. Enquanto a desvalorização da moeda americana pode ser impulsionada por fatores externos ou fluxos de capital de curto prazo, a manutenção de um Risco Brasil alto indica que os fundamentos que geram a desconfiança persistem. Especialistas apontam que a falta de clareza sobre a trajetória fiscal, o cenário político e a velocidade das reformas estruturais continuam sendo os principais vetores de insegurança para os investidores.
Perspectivas Futuras e Fatores de Atenção
Para que o Risco Brasil acompanhe a queda do dólar e se estabilize em patamares mais baixos, será fundamental que o governo demonstre avanços concretos na agenda de reformas e na consolidação fiscal. A aprovação de medidas que garantam a sustentabilidade das contas públicas, juntamente com um ambiente político mais estável, são essenciais para atrair investimentos de longo prazo e reduzir a percepção de risco. O mercado continuará atento a sinais de melhora na gestão econômica e à capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros, o que impacta diretamente a confiança dos investidores.
Fonte: Valor Econômico