Ricardo Nunes nomeia ex-vereador condenado por antissemitismo

Ricardo Nunes nomeia ex-vereador Adilson Amadeu, condenado por antissemitismo, como assessor especial. Prefeitura alega prescrição da pena.
Adilson Amadeu antissemitismo — foto ilustrativa Adilson Amadeu antissemitismo — foto ilustrativa

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), nomeou o ex-vereador e atual suplente Adilson Amadeu para o cargo de assessor especial em seu gabinete. A nomeação, publicada no Diário Oficial do Município, ocorre após Amadeu ter sido condenado por antissemitismo, com a decisão confirmada pela Justiça paulista.

Condenação por Antissemitismo Confirmada

No início deste ano, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) confirmou a condenação de Adilson Amadeu por antissemitismo. A decisão unânime manteve a sentença de primeira instância, proferida em 2023, com cinco votos favoráveis à condenação e nenhum voto contrário aos embargos apresentados pela Defesa. A desembargadora Maria Cecília Leone relatou o caso, com acompanhamento dos demais magistrados da 4ª Câmara Criminal.

Posição da Prefeitura de São Paulo

Em resposta à polêmica, a Prefeitura de São Paulo informou que a pena no caso de Adilson Amadeu foi prescrita, o que, segundo o órgão, não impede sua nomeação para o cargo. A prefeitura também destacou que Amadeu atuará na Secretaria Especial de Relações Institucionais e reforçou a importância da criação, em novembro de 2023, do Dia de Combate ao Antissemitismo e ao Fascismo.

Origem da Condenação

A condenação de Amadeu remonta a um áudio enviado via WhatsApp em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Segundo a sentença da juíza Renata William Rached Catelli, da 21ª Vara Criminal de São Paulo, o então vereador teria proferido e divulgado mensagens preconceituosas contra judeus. No áudio, Amadeu proferia xingamentos contra membros da comunidade judaica, associando-os a práticas de “sem-vergonhice de grandeza”.

A defesa de Amadeu, representada pelo advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, alegou que o áudio foi compartilhado apenas com “amigos de infância” e que as Críticas dirigiam-se à administração pública no contexto da pandemia, e não à comunidade judaica. Na época da condenação, a defesa anunciou que já estava preparando os recursos para contestar a decisão.

Fonte: Estadão

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