Lula e Trump: Reunião na Malásia eleva imagem de ‘estadista’ brasileiro

Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebraram nas redes sociais a reunião ocorrida na Malásia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A estratégia governista focou em destacar a postura de Lula como um ‘estadista’ com capacidade de diálogo e ‘postura firme’, especialmente após meses de distanciamento com a Casa Branca.

Lula: Um Líder de ‘Postura Firme’ e Diálogo Global

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), classificou o encontro como um símbolo do ‘Brasil que fala de igual a igual com o mundo’. Segundo Farias, Lula foi ‘firme’ ao reivindicar o fim da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e demonstrou abertura para negociações. Ele enfatizou que as equipes dos dois governos iniciarão imediatamente discussões sobre um novo acordo comercial, visando proteger empregos e a indústria nacional. “Lula age com pragmatismo e responsabilidade, buscando saídas concretas para revogar as sanções políticas e econômicas sem abrir mão da autodeterminação do Brasil“, afirmou.

Lindbergh também criticou a família Bolsonaro, sugerindo um revés político com a cordialidade demonstrada por Trump a Lula. “Dá para imaginar o clima na família Bolsonaro neste domingo ver o ‘ídolo’ deles recebendo Lula com respeito, depois de dedicarem anos de bajulação e subserviência, deve ser um golpe duro no orgulho da turma que sonhava com um Brasil colonizado”, declarou.

Wagner Destaca ‘Estadista’ e ‘Postura Firme’ de Lula

O líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), elogiou Lula, descrevendo-o como ‘um dos maiores estadistas do nosso tempo’ e reforçando a ‘postura firme’ adotada pelo presidente. “Independente de quem esteja do outro lado da mesa, o Brasil e o nosso povo sempre estarão em primeiro lugar”, disse Wagner.

O senador Randolfe Rodrigues (AP), líder do governo no Congresso, comentou sobre o encontro, sugerindo que Trump foi impactado pelo ‘carisma’ de Lula. “Tem coisa que nem a inteligência artificial consegue prever. Mas aconteceu: Lula e Trump lado a lado. Eu te entendo, Trump, é difícil resistir ao carisma do nosso presidente”, declarou Rodrigues.

Edinho Silva, presidente nacional do PT, ressaltou a importância de o Brasil defender o respeito e a soberania para manter sua relevância global. “O mundo precisa fortalecer os mecanismos do multilateralismo. É em mais diálogo e não em imposições que resolveremos os problemas do planeta”, completou.

Impacto Econômico e Estratégia Diplomática

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, interpretou a reunião como um indicativo de um ‘novo olhar’ de Washington para Brasília, mais pragmático e menos ideológico. Marinho considerou Lula o vencedor do encontro e defendeu a derrota política de Bolsonaro e governadores de direita pré-candidatos em 2026. “E ganha, claro, Lula. Mostra-se ao mundo como negociador experiente, capaz de defender o Brasil sem bravata, sem submissão. A velha escola sindical ainda funciona: ouvir, dialogar, arrancar resultados”, analisou.

Uallace Moreira, secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços (SDIC), elogiou a atuação conjunta de Lula e do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (MDIC) durante a crise tarifária. Ele descreveu a conversa na Malásia como uma ‘aula de diplomacia e negociação estratégica’. “O presidente Lula e o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin desde o início construíram uma estratégia de negociação colocando em primeiro lugar a soberania do Brasil, com a clareza de defender o setor produtivo brasileiro e os empregos”, afirmou o secretário.

Fonte: InfoMoney