Nesta segunda-feira (13), o Mercado de emissão bancária na plataforma da XP apresenta CDBs com taxas prefixadas de até 14,30% ao ano, para vencimentos de 12 meses. Títulos atrelados à inflação oferecem até IPCA+8,800% com prazos superiores a 12 meses, enquanto os pós-fixados chegam a 100% do CDI após um ano.
Para LCAs, as taxas prefixadas alcançam 11,620% em 12 meses. Títulos de inflação pagam até IPCA+7,320% e os pós-fixados rendem até 92% do CDI.
Já as LCIs ligadas à inflação oferecem até IPCA+6,800% com prazos acima de 12 meses, e as pós-fixadas remuneram até 89,5% do CDI após um ano.
Taxas de Renda Fixa em Destaque na XP
O LCD BNDES está disponível com taxa de 91,5% do CDI e vencimento em junho de 2030.
A LCA BANCO BV oferece 90% do CDI com vencimento em outubro de 2029.
O CDB BANCO C6 conta com uma taxa de 14,250% e vencimento em outubro de 2030.
É importante notar que as ofertas na plataforma da XP são limitadas à capacidade disponível de cada produto nesta segunda-feira (13).
Análise do Cenário da Renda Fixa
As taxas dos DIs encerraram a sexta-feira (10) em alta, com destaque para os contratos de prazos mais longos. Esse movimento foi impulsionado pela combinação de receios fiscais domésticos e tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O avanço do dólar, que se aproximou de R$ 5,50, e o ambiente de aversão a risco intensificaram a alta na curva de juros.
No fim da tarde de sexta-feira, o DI para janeiro de 2028 subiu para 13,41%, e o DI para janeiro de 2029 avançou para 13,40%. A ponta longa da curva registrou o maior impacto: o contrato para janeiro de 2035 saltou 9 pontos-base, alcançando 13,805%, e atingiu uma máxima de 13,935% no dia. Essa pressão nos vértices longos reflete principalmente a preocupação dos investidores estrangeiros com o quadro fiscal e o cenário político, tanto no Brasil quanto no exterior.
O arquivamento da Medida Provisória 1303, que visava a taxação de aplicações financeiras, continuou a afetar negativamente os ativos. O mercado interpreta que a perda desta medida compromete os esforços do Governo em fechar as contas públicas, pois ela representaria um impacto de R$ 14,8 bilhões em 2025 e R$ 36,2 bilhões em 2026, segundo o Ministério da Fazenda. Adicionalmente, relatos sobre um pacote de medidas do governo para 2026, que poderia somar até R$ 100 bilhões, reforçaram os receios de expansão fiscal em um ano eleitoral.
Impacto das Tensões Globais e Resposta do Governo
O mau humor do mercado foi acentuado por declarações do presidente Donald Trump, que ameaçou elevar tarifas contra a China e cancelar uma reunião com Xi Jinping. O país asiático, por sua vez, endureceu controles sobre exportações de terras raras. Essa escalada gerou uma fuga de risco global, ampliando a pressão sobre os juros brasileiros, especialmente na curva longa, que é mais sensível à percepção Internacional de risco.
As falas conciliadoras do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que reafirmou o compromisso com a responsabilidade fiscal, tiveram pouco efeito para aliviar o estresse nos mercados. O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reforçou que a autoridade monetária continuará focada em perseguir a meta contínua de inflação de 3%. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou otimismo em relação a melhores condições monetárias até o fim de 2026, mas essas declarações foram recebidas com cautela pelos investidores.
Próximo ao fechamento do mercado, a curva de juros precificava em 97% a manutenção da Taxa Selic em 15% ao ano na próxima reunião do Copom. No cenário internacional, o Treasury de dez anos, referência global para investimentos, recuava 10 pontos-base, negociado a 4,05%, indicando que o pessimismo local foi predominantemente influenciado pelos riscos fiscais e políticos brasileiros.
Fonte: InfoMoney