Reforma da Praça dos Três Poderes: Custo Salta 57% para R$ 34,7 Milhões

Custo da reforma na Praça dos Três Poderes salta de R$ 22 mi para R$ 34,7 mi. Governo Lula inclui projeto cultural e administrativo, com financiamento da Petrobras e BNDES.
reforma Praça dos Três Poderes — foto ilustrativa reforma Praça dos Três Poderes — foto ilustrativa

O Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prevê um aumento de 57% no custo da reforma geral da Praça dos Três Poderes, em Brasília. Inicialmente orçada em R$ 22 milhões em abril, a obra, com início previsto para novembro, agora totalizará R$ 34,7 milhões, um acréscimo de mais de R$ 12 milhões.

Vista aérea da Praça dos Três Poderes em Brasília, com o Congresso Nacional em destaque.
A Praça dos Três Poderes, centro político do Brasil, passará por uma extensa reforma.

Justificativas para o Aumento do Custo

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), responsável pela reforma, justificou o aumento do valor pela inclusão de custos de administração da obra e de um projeto cultural abrangente. Este projeto inclui um programa de educação patrimonial, uma exposição móvel e outras atividades educativas e culturais, com um custo específico de R$ 5.019.583,79.

A praça, que era de responsabilidade do governo do Distrito Federal, teve sua revitalização assumida pelo governo federal após Críticas da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, sobre a conservação do local em 2024. A importância simbólica e arquitetônica do espaço, projetado por Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, ressalta a necessidade da intervenção.

Contexto Histórico e Simbólico da Praça

A Praça dos Três Poderes é um marco arquitetônico e político, abrigando as sedes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. O espaço tem sido palco de eventos significativos, incluindo os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e uma tentativa de atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Nela se encontra a Chama Eterna da Democracia, símbolo de liberdade e democracia no Brasil.

O governo federal incluiu a reforma no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), contemplando a revitalização como um dos 105 projetos de preservação do patrimônio histórico. Um escritório de arquitetura de Santa Catarina elaborou o projeto executivo, com um custo de R$ 744.685,11. A conclusão da primeira etapa da obra está prevista para 2026.

Escopo da Reforma e Financiamento

A revitalização completa incluirá a recuperação do piso e de estruturas danificadas, restauro de obras de arte e monumentos, modernização da iluminação e criação de espaços de convivência. Melhorias na acessibilidade para pessoas com deficiência, instalação de câmeras de segurança e sinalização turística também fazem parte do plano.

O financiamento da reforma será realizado por meio da Lei Rouanet, com recursos provenientes da Petrobras e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou que a reforma reafirma o compromisso com a memória e o futuro do país, celebrando a reconstrução, o cuidado e a democracia.

“Iniciar este restauro reafirma nosso compromisso com a memória e com o futuro do país. Depois dos ataques que feriram este espaço, hoje celebramos reconstrução, cuidado e democracia. Com apoio da Lei Rouanet, garantimos preservação, acessibilidade, respeito ao projeto original e devolver ao povo brasileiro um espaço que sempre lhe pertenceu”, afirmou a ministra.

Fonte: InfoMoney

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