EUA: Reconhecimento Facial Ampliado para Rastrear Não-Cidadãos em Fronteiras

EUA expandem reconhecimento facial nas fronteiras para rastrear não-cidadãos. Nova regulamentação exige fotos e pode coletar outros dados biométricos.
Reconhecimento facial nas fronteiras dos EUA — foto ilustrativa Reconhecimento facial nas fronteiras dos EUA — foto ilustrativa

Os Estados Unidos expandirão o uso da tecnologia de reconhecimento facial para rastrear não-cidadãos que entram e saem do país. A medida visa combater permanências ilegais após o vencimento do visto e fraudes com passaportes, conforme um documento oficial divulgado. A nova regulamentação permitirá que autoridades de fronteira exijam que não-cidadãos sejam fotografados em aeroportos, portos marítimos e passagens terrestres, ampliando um programa piloto.

Novas Regras e Coleta de Dados Biomédicos

A partir de 26 de dezembro, as autoridades americanas poderão solicitar outros dados biométricos, como impressões digitais ou DNA. O programa também autoriza o uso de reconhecimento facial para Crianças menores de 14 anos e idosos com mais de 79 anos, grupos que antes eram isentos dessa exigência. Essas regras mais rígidas refletem um esforço mais amplo do governo para reprimir a imigração ilegal.

Autoridades dos EUA em posto de fronteira com tecnologia de reconhecimento facial.
Tecnologia de reconhecimento facial será expandida nas fronteiras dos EUA.

Preocupações com Privacidade e Precisão

O uso crescente do reconhecimento facial nos aeroportos dos EUA tem gerado preocupações com a privacidade. Grupos de vigilância apontam para o risco de erros e exageros na tecnologia. Um relatório da Comissão de Direitos Civis dos EUA destacou que testes indicaram maior probabilidade de identificação incorreta de pessoas negras e outros grupos minoritários. Em 2023, cerca de 42% dos 11 milhões de imigrantes em situação irregular nos EUA haviam ultrapassado o prazo de seus vistos.

Imagem ilustrando a tecnologia de rastreamento de fronteira nos EUA.
Expansão do reconhecimento facial visa combater irregularidades em fronteiras.

Histórico e Implementação do Sistema

Em 1996, o Congresso dos EUA aprovou a criação de um sistema automatizado de entrada e saída, mas ele nunca foi totalmente implementado. Atualmente, o Serviço de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) utiliza o reconhecimento facial para todas as entradas aéreas comerciais, mas o registro de saídas é feito apenas em locais específicos. O CBP estima que um sistema biométrico completo para entrada e saída, em todos os aeroportos e portos marítimos, possa ser implementado nos próximos três a cinco anos.

Fonte: InfoMoney

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