Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta segunda-feira em baixa, após uma sessão volátil. A incerteza paira sobre as decisões futuras do Federal Reserve (Fed), com a divulgação de sua política monetária agendada para quarta-feira, e as expectativas geradas pelo encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, que discutirá o comércio bilateral na quinta-feira.
Expectativas sobre o Fed e o Diálogo EUA-China
O petróleo WTI com vencimento em dezembro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), registrou uma queda de 0,31%, equivalente a US$ 0,19, finalizando o dia a US$ 65,31 o barril. Paralelamente, o Brent, referência para janeiro e transacionado na Intercontinental Exchange (ICE) em Londres, apresentou recuo de 0,46% (US$ 0,30), estabelecendo-se em US$ 64,90 o barril.
Nesta segunda-feira, Donald Trump expressou otimismo quanto a um possível acordo comercial com Pequim, manifestando seu desejo de visitar a China no início do próximo ano. “Tenho muito respeito pelo presidente Xi. Gosto dele, e acho que ele gosta de mim também. Ele respeita o nosso país”, declarou Trump, antecipando o encontro.
Análises e Pressões no Mercado de Petróleo
Analistas da Sparta Commodities destacam que o Mercado está atento ao desenrolar das negociações entre EUA e China, além de potenciais impactos das sanções impostas à Rússia. “O período de um mês pode dar tempo para que os participantes do mercado se ajustem”, observam.
As tensões geopolíticas na Europa Oriental também adicionam volatilidade. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, indicou a intenção de intensificar ataques a refinarias de petróleo russas. Em paralelo, Trump alertou o presidente russo, Vladimir Putin, sobre testes de mísseis nucleares, elevando o clima de apreensão na região.
A corretora XM Arabia aponta que os mercados de commodities continuam sob pressão devido ao risco de excesso de oferta e à fragilidade da demanda global. O cenário fiscal e a dinâmica comercial nos próximos meses serão determinantes para a estabilidade do setor.
Fonte: InfoMoney