Dólar em Queda: BC Explica Que Real Forte Contribui pela Metade

queda do dólar — foto ilustrativa queda do dólar — foto ilustrativa

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton José David, revelou que a valorização do real em 2025 deve-se em partes iguais à força da moeda brasileira e ao enfraquecimento do dólar no cenário global. Desde o início do ano, a moeda americana acumula uma queda de aproximadamente 13% frente ao real, refletindo uma tendência mais ampla observada em outras economias emergentes.

David, em evento em São Paulo, destacou que, embora o dólar tenha apresentado volatilidade, ele retornou ao patamar de 15 meses atrás. Ele também ressaltou que as reservas internacionais do Brasil estão em um nível considerado seguro e que estas cresceram quase 10% este ano, majoritariamente por rentabilidade, e não por compra direta de moeda estrangeira.

Contexto do Mercado Cambial Brasileiro

Uma característica peculiar do Mercado de câmbio brasileiro foi apontada por David: mais de 90% da liquidez se concentra em derivativos, enquanto apenas cerca de 10% pertence ao segmento à vista (spot). Essa concentração difere significativamente de outros países, onde há um equilíbrio mais acentuado entre os dois segmentos. Essa dinâmica, segundo o diretor do BC, torna a atuação no mercado de derivativos, como os swaps cambiais, mais eficiente para o Banco Central em caso de disfuncionalidades.

Gráfico ilustrando a queda do dólar frente ao real no Brasil, com análise do Banco Central.
Valorização do Real em Destaque no Mercado Cambial.

Reservas Internacionais e Atuação do Banco Central

David afirmou que as reservas internacionais do Brasil, atualmente na marca de US$357 bilhões, estão em um patamar “bastante razoável”, o que não o impede de dormir tranquilo. Ele explicou que o crescimento recente dessas reservas se deu por questões de rentabilidade, e não por intervenções de compra de dólares. Essas reservas, segundo ele, existem para serem utilizadas em casos de necessidade, oferecendo uma rede de segurança para a economia.

A postura do Banco Central em relação às intervenções no mercado de câmbio tem sido historicamente voltada para os swaps cambiais, instrumentos que influenciam o mercado futuro do dólar. Essa preferência se deve, em parte, à estrutura concentrada em derivativos do mercado brasileiro. Questionado sobre a relevância de observar as reservas brutas ou líquidas, David defendeu que a atuação em swaps é distinta das reservas cambiais.

Desempenho do Real e Perspectivas Futuras

A apreciação do real tem sido um fator chave na redução da cotação do dólar no Brasil. A análise do diretor do BC sugere que a moeda brasileira ganhou força não apenas devido a fatores externos, como o enfraquecimento do dólar globalmente, mas também por sua própria resiliência e desempenho no mercado. Essa perspectiva é importante para entender a dinâmica de preços e a estabilidade econômica do país.

Fonte: InfoMoney

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