PT critica Congresso por derrubar MP de impostos e diz que “derrotou o povo”

PT lança vídeo criticando o Congresso por derrubar MP de impostos. Partido alega que medida visava justiça tributária e que decisão “derrotou o povo”.
MP dos impostos — foto ilustrativa MP dos impostos — foto ilustrativa

O Partido dos Trabalhadores (PT) lançou um vídeo expressando forte desaprovação ao Congresso Nacional por rejeitar a medida provisória que visava aumentar a arrecadação federal através de novos impostos. A sigla alega que a proposta do Governo Lula era fundamental para a Justiça tributária, mirando em grandes fortunas, bancos e casas de apostas.

Congresso acionado de “traidor” e “sabotador”

Na peça de comunicação, divulgada nas redes sociais, o PT afirma categoricamente: “O Congresso Nacional derrotou o povo, derrotaram o projeto do presidente Lula, sabotaram o país”. O vídeo enfatiza a importância da taxação de grandes contribuintes para promover a justiça fiscal e menciona que, com a MP, os mais ricos contribuiriam um pouco mais para beneficiar toda a nação. Além disso, o material destaca a proposta do governo para isentar o Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000.

A mensagem ressalta que o desequilíbrio das contas públicas, os programas sociais e os investimentos essenciais em saúde e educação estavam em jogo com a não aprovação da medida. A MP original previa uma arrecadação extra de aproximadamente R$ 35 bilhões para o governo federal, com a taxação de bets, fintechs e linhas de crédito. No entanto, a versão que foi submetida à votação já havia sido desidratada pelo relator, Carlos Zarattini (PT), que removeu a taxação de apostas na tentativa de garantir votos, sem sucesso.

Manifestantes em frente ao Congresso Nacional em Brasília.
Protesto em frente ao Congresso Nacional.

Críticas e o contexto político

O vídeo retoma um discurso de polarização entre ricos e pobres, semelhante ao que ocorreu em julho após a derrubada do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O PT argumenta que o Congresso agiu para prejudicar Lula e minar suas chances de reeleição em 2026. “Traíram mais uma vez o interesse do povo brasileiro. O Congresso Nacional derrotou o povo, mas, se querem tocar na balança da justiça tributária, o povo saberá dar o troco na balança da democracia”, conclui a peça.

A Câmara dos Deputados rejeitou a medida provisória com amplo apoio do chamado “centrão”. Partidos como União Brasil e PP, que recentemente deixaram o governo, além do PSD (que comanda três ministérios) e Republicanos (sigla do presidente da Câmara, Arthur Lira, e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas), votaram contra a MP. O Palácio do Planalto avalia que houve uma articulação de Tarcísio de Freitas visando as eleições de 2026.

Sede do Congresso Nacional em Brasília.
Sede do Congresso Nacional, palco da decisão sobre a MP.

Impactos orçamentários e próximos passos

Apesar de negar qualquer envolvimento, deputados da oposição citaram o governador Tarcísio como um apoiador da derrubada da medida. Com a rejeição da MP, o governo Lula agora avalia alternativas para compensar a perda de arrecadação. Existe a possibilidade de contingenciamento de gastos, incluindo verbas destinadas a emendas parlamentares, para equilibrar o Orçamento e evitar impactos negativos em 2025 e 2026.

Fonte: Folha de S.Paulo

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