As esperadas reduções nas taxas de juros pelo Federal Reserve têm alimentado a expectativa de um retorno significativo nas negociações de Mercado. No entanto, Scott Kleinman, da Apollo Global Management Inc., antecipa que as empresas de private equity continuarão a vender seus ativos em um ritmo mais lento nos próximos anos.
“Não é que o ambiente para saídas seja difícil”, disse Kleinman durante uma Entrevista à Bloomberg TV na terça-feira. “Se você pagou preços razoáveis pelos ativos, é absolutamente possível vendê-los agora.”
Kleinman destacou que, embora o Acesso ao crédito tenha se tornado mais caro, o mercado para transações de private equity permanece ativo. Ele observou que os fundos estão mais cautelosos em relação aos preços de aquisição, buscando oportunidades onde os valores de entrada sejam mais justos. Essa abordagem visa garantir que, mesmo em um cenário de desinvestimento mais gradual, as vendas ainda possam ser lucrativas.
Perspectivas para o Mercado de Private Equity
Apesar da desaceleração esperada, Kleinman indicou que não haverá uma paralisação completa nos negócios. As empresas com boa gestão e ativos de qualidade continuarão a encontrar compradores. O executivo ressaltou a importância de uma avaliação criteriosa de preços e da capacidade de execução das transações.
O cenário atual exige maior diligência por parte dos compradores e vendedores. A Disciplina de preços é fundamental, especialmente após um período de valuations elevados. Kleinman sugere que as negociações podem se tornar mais longas e complexas, mas não necessariamente menos bem-sucedidas para os fundos que souberem navegar no ambiente.
Impacto das Taxas de Juros
As futuras reduções nas taxas de juros pelo Federal Reserve são vistas como um catalisador positivo, mas seu impacto na velocidade das negociações de private equity pode ser mitigado. A disponibilidade de capital e o custo do endividamento continuam a ser fatores determinantes. Para Kleinman, mesmo com taxas menores, a prudência prevalecerá, garantindo saídas mais sustentáveis e menos especulativas.
Fonte: Bloomberg