O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central nesta quinta-feira (16), registrou uma expansão de 0,4% em agosto, na comparação com o mês anterior, após ajuste sazonal. A última alta mensal do indicador havia sido em abril, também em 0,4%. Nos meses seguintes, o IBC-Br apresentou quedas consecutivas.

Na parcial do ano, até agosto, o índice acumula alta de 2,6%. Em 12 meses, o aumento foi de 3,2% no mesmo período.
O desempenho setorial em agosto mostrou: Agropecuária (-1,9%), Indústria (0,8%) e Serviços (0,2%).
O Produto Interno Bruto (PIB) é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um país e reflete a evolução da economia. Um crescimento do PIB geralmente indica uma economia aquecida, com maior produção e consumo, embora nem sempre se traduza diretamente em bem-estar social.
Atividade Econômica em Desaceleração
A desaceleração da atividade econômica observada no segundo trimestre deste ano já era prevista pelo Mercado financeiro e pelo próprio Banco Central. A alta taxa de juros, definida para combater a inflação, tem sido um fator determinante nesse cenário.
Atualmente, a taxa Selic está em 15% ao ano, o patamar mais elevado em quase duas décadas. A expectativa é que os juros permaneçam elevados por um período prolongado, com analistas prevendo cortes apenas em 2026.
O mercado financeiro estima uma taxa de crescimento do PIB de 2,16% em 2025, uma redução em relação aos 3,4% registrados no ano passado. A projeção do Banco Central para este ano é de 2,1% de expansão.
A redução do ritmo de crescimento da economia é vista pelo Banco Central como um elemento necessário para a convergência da inflação à meta de 3%. O relatório do Copom indicou que a economia continua operando acima de seu potencial de crescimento sem pressionar a inflação, mas que a atividade econômica doméstica tem apresentado moderação e dados mistos entre os setores.
IBC-Br: A Prévia do PIB
O IBC-Br é considerado a “prévia do PIB”, mas difere do cálculo oficial do IBGE. O indicador do Banco Central abrange estimativas para agropecuária, indústria, serviços e impostos, mas não inclui o lado da demanda, que é considerado no cálculo do PIB pelo IBGE.
A divulgação do IBC-Br é uma das ferramentas utilizadas pelo Banco Central para a definição da taxa básica de juros. Um maior crescimento econômico, por exemplo, poderia gerar pressão inflacionária, impactando a decisão sobre a redução dos juros.

Fonte: G1