Prefeito do Rio apoia operação policial com 64 mortos; críticas surgem

Eduardo Paes apoia operação policial no Rio que deixou 64 mortos, mas críticas surgem sobre segurança e funcionamento de serviços.
Operação policial Rio de Janeiro — foto ilustrativa Operação policial Rio de Janeiro — foto ilustrativa

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, manifestou apoio às ações do governo estadual contra o crime organizado, que resultaram em ao menos 64 mortos e 821 presos na operação policial Contenção, nos Complexos da Penha e do Alemão. A operação teve início na manhã desta terça-feira (28).

“A primeira mensagem que gostaria de passar para vocês é que o Rio de Janeiro não vai e não pode ficar refém de grupos criminosos que buscam espalhar medo pelas ruas da nossa cidade”, declarou Paes em nota. Ele afirmou estar acompanhando a operação e que compete ao poder público ser implacável contra grupos que amedrontam a população e o trabalhador.

Serviços Municipais e Apoio à População

Paes garantiu que os serviços municipais funcionariam normalmente e prestariam apoio à população em caso de necessidade. O corredor expresso de ônibus (BRT) também opera sem interrupções. No entanto, a decisão de manter os serviços abertos e apoiar a ação policial gerou Críticas nas redes sociais.

“Botando a vida de outros trabalhadores em risco. Essa visão de performance do trabalho é irritante, adoecedora e assassina”, comentou um usuário, defendendo que apenas serviços essenciais deveriam funcionar. O posto de saúde Zilda Arns, no Alemão, encerrou suas atividades mais cedo.

Policiais em operação no Rio de Janeiro após confronto.
Operação policial nos Complexos da Penha e do Alemão.

Críticas e Dificuldades de Deslocamento

Moradores relataram dificuldades para retornar às suas casas. Um usuário informou que ônibus de uma viação específica pararam na garagem e que as pessoas estão com medo de voltar para suas comunidades. Outro avaliou que a atitude do prefeito é “ridícula”, pois o Comando Vermelho fechou avenidas, afetando todo o Rio.

Em bairros da zona norte, como a Tijuca, o comércio fechou as portas e pessoas saíram às pressas das ruas. Vídeos mostram ônibus municipais parados e carros circulando na contramão na Grande Tijuca.

Comércio fechado em bairro do Rio de Janeiro durante operação.
Comércio fecha as portas em bairros do Rio durante operação.

Impacto da Operação no Cotidiano

Na Estrada do Itararé, principal via do Complexo do Alemão, o comércio também foi impactado, com a região ficando deserta. Relatos indicam que milhares de trabalhadores estão enfrentando situações semelhantes ou piores, com ônibus atravessados nas ruas, confronto armado e linhas suspensas. Professores e Crianças ficaram presos em escolas.

A situação levou à Suspensão de atividades em universidades e outras instituições, como divulgado previamente. A falta de carros de aplicativo e a recusa em usar motos para o trajeto de volta para casa ilustram o clima de insegurança. Jota Marques, comunicador popular e ex-conselheiro tutelar, expressou o receio de ser confundido com um criminoso devido ao seu corpo e pertences.

Cena de violência policial no Rio de Janeiro com sirenes.
Clima de tensão nas comunidades afetadas pela operação.

Fonte: InfoMoney

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