A Porsche registrou um prejuízo operacional de 967 milhões de euros (US$1,1 bilhão) no terceiro trimestre, um resultado inferior às expectativas e impactado pelo adiamento em sua estratégia de veículos elétricos. O montante contrasta com o Lucro de 974 milhões de euros obtido no mesmo período do ano anterior.
Analistas previam um prejuízo menor, de 611 milhões de euros, segundo dados da Visible Alpha. O cenário desafiador para o setor automotivo europeu inclui a queda na demanda na China e a pressão sobre as margens devido às tarifas impostas pelos Estados Unidos.
Atraso na Expansão de Elétricos Impacta Resultados
O principal fator por trás do resultado negativo foi o adiamento na expansão de veículos elétricos, anunciado no mês passado. A fabricante de luxo busca reestruturar suas operações e busca “soluções em larga escala” nas negociações com representantes trabalhistas, conforme afirmou o CFO Jochen Breckner.
A expectativa é que 2025 marque o ponto mais baixo antes de uma “melhora notável para a Porsche a partir de 2026”, projetou Breckner, indicando a necessidade de ajustes significativos.
Mudança na Liderança e Desafios Futuros
O atual presidente-executivo da Porsche, Oliver Blume, que também acumula a presidência-executiva da Volkswagen, passará o comando da Porsche para Michael Leiters, ex-chefe da McLaren, no início de 2026. Leiters enfrentará um dos cenários mais complexos do setor automotivo europeu.
A empresa busca contornar os efeitos da queda na demanda em mercados importantes e a pressão sobre seus lucros gerada pelas tarifas americanas, um problema que também afetou outras montadoras como a Jaguar Land Rover, que suspendeu exportações para os EUA após a imposição de tarifas por Donald Trump.
Fonte: InfoMoney