Produtoras audiovisuais brasileiras uniram forças e enviaram uma carta aos líderes partidários da Câmara dos Deputados pedindo a aprovação do projeto de lei 8889/2017, que visa regulamentar as plataformas de Streaming no Brasil. A proposta está na pauta de votações da Casa nesta terça-feira, 4.
A manifestação conta com o apoio de 96 produtoras, incluindo nomes como CineFilmes, Paris Produções, O2 e Paranoid. Elas endossam o parecer do relator, deputado Dr. Luizinho (PP-RJ), que propôs um substitutivo ao texto original. Segundo as empresas, a nova redação representa um “avanço pragmático e robusto” para a regulamentação do conteúdo audiovisual por Demanda, o modelo de negócios dos serviços de streaming.
Avanço para o Audiovisual Brasileiro
As produtoras destacam que o projeto é resultado de um “amplo processo de negociação” e consolida pontos essenciais para o desenvolvimento e a sustentabilidade do setor audiovisual nacional. “Não aprovar este texto agora significa perder pelo menos mais dois a três anos sem a lei, perpetuando a situação atual de desequilíbrio e fazendo o jogo daqueles que preferem não regular o mercado”, alertam no documento.
A carta também ressalta a importância econômica e cultural do setor, que emprega centenas de profissionais permanentemente e milhares em cada produção. “Nossas produções são as que a população brasileira conhece e gosta. Apoiar o atual texto não é uma questão ideológica. É apoiar o incremento da produção audiovisual independente do Brasil“, enfatizam.
Cotas e Contribuição dos Streamings
O substitutivo de Dr. Luizinho propõe que os serviços de streaming destinem uma cota de 10% de seus catálogos para títulos de produtoras brasileiras. Além disso, as plataformas serão incluídas como contribuintes da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine). A contribuição será um imposto anual progressivo sobre o faturamento, com alíquotas de até 4% para os maiores serviços de vídeo sob demanda e 2% para plataformas de compartilhamento de conteúdo.
As receitas geradas pela Condecine deverão ser aplicadas em ações específicas, como o financiamento de conteúdos brasileiros, especialmente produções infantis e para adolescentes, e o fomento à pesquisa e inovação tecnológica no ecossistema audiovisual. Uma cota mínima de 30% dos recursos deverá ser destinada a produtoras localizadas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país.
Confira a lista completa das produtoras que assinam a carta:
- 44 Toons
- Ale Machado
- Academia de Filmes
- Paulo Schmidt
- Bando
- Leandro HBL
- Barry Company
- Juliana Funaro
- Biônica
- Karen Castanho
- Boutique
- Gustavo Mello
- Tiago Mello
- Café Royal
- Moa Ramalho
- Camisa Listrada
- André Carreira
- Canal Azul
- Ricardo Aidar
- Casablanca
- Solange Cruz
- CineFilmes
- Fernanda Senatori
- Coitote
- Marcia Vinci
- Conspiração
- Renata Brandão
- Delicatessen Filmes
- Luciana Mattar
- Formata
- Daniela Bussoli
- Fraiha Produções
- Silvia Fraiha
- Glaz
- Mayra Lucas
- Gullane Entretenimento
- Fabiano Gullane
- Imagem Filmes
- Marcos André Scherer
- Ink Studios
- Marily Raphul
- Indiana Produções
- Marcos Altberg
- Intro
- Simoni de Mendonça
- Lereby
- Daniel Filho
- Claudia Bejarano
- Lighthouse Produções
- Ricardo Fadel Rihan
- LC Barreto
- Paula Barreto
- Mixer Filmes
- João Daniel Tikhomiroff
- Marea Cine
- João Roni
- Maria Farinha Filmes
- Marcos Nisti
- Morena Filmes
- Mariza Leão
- Mosquito
- Leandro Henrique Bezerra Lara
- Movieart
- Paulo Dantas
- O2
- Andrea Barata Ribeiro
- Papaki
- Mario Peixoto
- Paranoid Filmes
- Egisto Betti
- Paris Produções
- Marcio Fraccaroli
- Pródigo
- Beto Gauss
- Reagent Media
- Marcos Tellechea
- RT Features
- Rodrigo Teixeira
- Saygon
- Marcelo Altschuler
- Santa Rita Filmes
- Marcelo Braga
- Sentimental
- Marcos Araújo
- Teleimage
- Patrick Siaretta
- Stone Milk
- Rodrigo Guedes
- Ultravioleta
- Carlos Guedes
- Veludo Filmes
- Marcelo Byrro
- Ventre
- João Queiroz
- Zencrane Filmes
- Claudia Natividade
Fonte: InfoMoney