PGR Pede Condenação de 7 Réus por Desinformação em Trama Golpista

PGR pede condenação de 7 réus por disseminar desinformação sobre urnas eletrônicas e atacar Forças Armadas em trama golpista. Julgamento no STF avança.
PGR pede condenação de réus — foto ilustrativa PGR pede condenação de réus — foto ilustrativa

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou nesta terça-feira (14) a condenação de todos os réus acusados de difundir desinformação sobre as urnas eletrônicas e de promover ataques contra chefes das Forças Armadas, em um contexto de trama golpista em 2022. A solicitação ocorreu durante o julgamento do núcleo 4 da tentativa de golpe de Estado.

As sessões que analisam a denúncia contra os escalões inferiores do plano golpista tiveram início nesta terça. São réus neste núcleo Ailton barros (major expulso do Exército), Ângelo Denicoli (major da reserva do Exército), Giancarlo Gomes Rodrigues (sargento do Exército), Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército), Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército), Marcelo Bormevet (policial federal) e Carlos Cesar Rocha (presidente do Instituto Voto Legal).

Argumentos da PGR Contra a Desinformação

Paulo Gonet rebateu as principais Críticas das defesas, incluindo o argumento de distanciamento temporal entre as condutas de alguns denunciados e os atos finais da tentativa de golpe. Ele afirmou que, em uma organização criminosa, os integrantes respondem pela totalidade dos ilícitos cometidos, mesmo que as condutas sejam cronologicamente distantes, pois visam a mesma finalidade.

Publicidade

O PGR destacou que o grupo atuou na guerra informacional para disseminar desconfiança sobre as urnas eletrônicas antes das eleições presidenciais de 2022. Após a Vitória de Lula (PT), os réus teriam incentivado a narrativa falsa de fraude, impactando o desfecho violento de 8 de janeiro de 2023. Gonet utilizou 50 minutos de seu tempo de fala para apresentar esses argumentos.

Defesa e Provas no Julgamento

A Defesa do major da reserva Ângelo Denicoli pleiteia a absolvição, alegando que parte das alegações finais da PGR cita provas não incluídas no processo, obtidas em buscas contra o ex-assessor Flávio Peregrino. Gonet, contudo, argumentou que esses elementos são de “convicção” das condutas criminosas e não provas isoladas para condenação.

O primeiro dia de julgamento do núcleo da desinformação foi dedicado à leitura do relatório do ministro Alexandre de Moraes e às sustentações orais. A PGR dispôs de duas horas para manifestação, enquanto cada uma das sete defesas teve uma hora para expor seus argumentos pela absolvição.

Contexto do Julgamento

Esta sessão difere dos julgamentos do núcleo central da trama golpista, que resultaram na condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e 3 meses de Prisão. A Primeira Turma apresentou um plenário mais esvaziado, com menos jornalistas e integrantes de gabinetes, além de uma estrutura de segurança reduzida em comparação com os julgamentos de Bolsonaro e seus aliados próximos.

Procurador-geral da República, Paulo Gonet, durante sessão no STF pedindo condenação de réus.
Paulo Gonet pediu a condenação de réus envolvidos na disseminação de desinformação.

Fonte: Folha de S.Paulo

Adicionar um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Imagens e vídeos são de seus respectivos autores.
Uso apenas editorial e jornalístico, sem representar opinião do site.

Precisa ajustar crédito ou solicitar remoção? Clique aqui.

Publicidade